Elas na feira - histórias de mulheres: Alice Garcia de Araújo

“As histórias são importantes. Muitas histórias são importantes”, disse Chimamanda Adichie, na conferência O perigo da história única, no TEDGlobal 2009. Inspirada pela escritora nigeriana e em sintonia com o tema escolhido pela 45ª Feira do Livro da FURG – histórias de mulheres, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da universidade apresenta o projeto Elas na feira, iniciativa que mostra relatos de (sobre)vivências femininas. Com uma câmera fotográfica e um gravador, captamos universos e o estar no mundo feminino pelas vozes de mulheres que passam pelo evento. O resultado é esta série de perfis singulares, que pode ser acompanhada aqui.

Alice Garcia de Araújo – 11 anos

Eu gosto de dançar e atualmente o que eu mais escuto são músicas K-Pop coreano e hoje eu só vim na feira para acompanhar minha mãe nos autógrafos, porque eu acho que não tem muitas atrações aqui para as pessoas da minha idade. Eu dei uma explorada rápida nos livros e vi que a maioria são para adultos e crianças e a programação cultural também.  Eu não tenho um gênero definido para livros, na escola a matéria que eu mais gosto é história, e o último livro que li foi sobre cultura coreana.

“Eu estou fazendo aula de coreano pela internet e já consigo entender algumas palavras”.

Eu fiz um plano de vida baseado na Coreia: viajo pra lá, eu faço faculdade de dança lá e depois eu volto e passo as coisas que aprendi lá. Eu estou fazendo aula de coreano pela internet e já consigo entender algumas palavras. Falar coreano vai demorar muito ainda. Eu comecei pesquisando vídeos no Youtube e depois fui falando com umas amigas e trocando dicas.

“A feira poderia ter um dia com atividade só para jovens”.

A feira poderia ter um dia com atividade só para jovens com apresentações de dança, concurso de dança k-pop e poderia ter encontro com youtubers. Eu enviei um vídeo para um líder de um grupo cover de K-Pop para me apresentar em eventos de dança. A dança está em todos os meus planos e as minhas amigas, a Sofia e a Marina, me incentivam bastante.

Eu vejo na minha escola um monte gente falando sobre a Coreia e o K-pop, não é só uma modinha, o pessoal se interessa e não larga mais. E com a facilidade da pesquisa no youtube, por exemplo, fica muito fácil saber mais sobre qualquer coisa.

“Não dá para julgar pelo que outra pessoa fala, a gente tem que ir atrás e ver se é bom ou não”.

As pessoas dizem que os youtubers são influenciadores, eles indicam as coisas e, tipo, o pessoal segue, mas segue quem quer e não dá para falar mal sem saber, não dá para julgar pelo que outra pessoa fala, a gente tem que ir atrás e ver se é bom ou não. É muito chato gente que fica só julgando e fica presa na opinião de quem fica só falando mal.

Foto: Karol Avila

Conheça as histórias anteriores:

Elas na feira - histórias de mulheres: Maria Alvina Madruga Goulart

Elas na feira - histórias de mulheres: Débora Amaral

Elas na feira - histórias de mulheres: Amanda Dias Lima Lamin

Elas na feira - histórias de mulheres: Maria Carpi

Elas na feira - histórias de mulheres - Aline Mendes Lima

Elas na feira - histórias de mulheres: Raquel Rodrigues Farias

Elas na feira - histórias de mulheres: Marcia Martins

Ela na feira - histórias de mulheres: Daniela Delias

Elas na feira - histórias de mulheres: Lívia Acosta Silveira

Elas na feira - histórias de mulheres: Cleuza Maria Sobral Dias

Elas na feira - histórias de mulheres: Rosélia Falcão

Elas na feira - histórias de mulheres: Ligia Furlanetto

Elas na feira - histórias de mulheres: Seiko Nomiyama

Elas na feira - histórias de mulheres: Direma Cardona

Elas na feira - histórias de mulheres: Juliana Andrade da Silveira

Elas na feira - histórias de mulheres: Maria de Lourdes Lose

Elas na feira - histórias de mulheres: Carla Amorim das Neves Gonçalves

Elas na feira - histórias de mulheres: Aimée Bolaños

Elas na feira - histórias de mulheres: Bruna Aliandro

 

Galeria

Alice Garcia de Araújo

Alice Garcia de Araújo

Assunto: Arquivo