SAÍDA DE CAMPO

Estudantes da FURG-SLS visitam quilombo urbano de Pelotas e aldeia indígena de Rio Grande

Atividade teve o intuito de valorizar saberes coletivos de povos tradicionais

Na última segunda-feira, 24, um grupo de vinte pessoas, formado por estudantes e professores da FURG São Lourenço do Sul (FURG-SLS) esteve em Pelotas, visitando o quilombo urbano Canto da Conexão, e na zona rural de Rio Grande, junto à aldeia guarani Pará Rokê (Portal do Mar), localizada no distrito de Domingos Petroline. A atividade foi organizada pelo curso de Educação Campo do campus lourenciano, e também contou com a participação de graduandos em Letras.

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Para a professora Jara Fontoura, o propósito da viagem — assim como todas as outras saídas de campo que têm sido realizadas, sistematicamente – foi possibilitar a formação dos educandos, viabilizando que estes tenham olhares ampliados sobre as comunidades tradicionais da região.

A primeira parada foi no quilombo urbano Canto da Conexão, situado na zona portuária de Pelotas. Na ocasião, os presentes puderam conhecer a estrutura da ocupação solidária e como se dá a organização do espaço, pautado na partilha e na coletividade. Após rodas de conversa, apresentações musicais e místicas de integração, o encontro foi finalizado com um almoço, preparado por uma das moradoras da ocupação.

Já na aldeia Pará Rokê, no turno da tarde, além de conhecerem a área, os participantes ouviram como se deu o povoamento do espaço, atualmente composto por cerca de 60 pessoas, divididas em 18 famílias. Houve exposição do artesanato do povo Guarani, lanche coletivo e uma mística ao redor de uma fogueira, com a presença de crianças e adultos da aldeia.

Além disso, os estudantes e docentes tiveram a oportunidade de visitar a escola indígena da comunidade. Segundo Jara, compreender como se dá o processo pedagógico adotado ali - como a inserção de saberes tradicionais nas aulas, entre eles, o alfabeto indígena - foi um momento significativo ao grupo, formado por graduandos em cursos de licenciatura da FURG.

A professora destaca que o curso de Educação do Campo é um possibilitador de lideranças comunitárias, esperança e do encontro entre o teorizar e o fazer coletivo a partir da universidade. “Ressalto a importância das saídas de campo e das místicas, pois ambas fortalecem os sujeitos de direito, como agricultores, pescadores, quilombolas, indígenas e professores em formação. Todos somos tocados, pois elas reforçam os coletivos e acalantam a nossa alma de guerreiros da humana docência”, enfatiza.

 

 

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Atividade teve o intuito de valorizar saberes coletivos de povos tradicionais

Foto: Divulgação