Entre os dias 21 e 22 de novembro foi realizado o Tribunal Popular da Economia do Mar, em Luziânia/GO. Na oportunidade, a FURG São Lourenço do Sul (FURG-SLS) foi representada pela professora Liandra Caldasso, vinculada ao Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (ICEAC).
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Com o intuito de discutir os impactos atrelados as atividades econômicas desenvolvidas em territórios pesqueiros artesanais do Brasil, o Tribunal Popular da Economia do Mar busca propor estratégias de resistência frente aos impactos negativos, como a mercantilização de oceanos e áreas de pesca, e o deslocamento de comunidades tradicionais para expansão e instalação de grandes empreendimentos, por exemplo.
Cerca de 400 pescadores artesanais de todo o país estiveram presentes no evento, que integra o Grito da Pesca Artesanal, um conjunto de ações organizadas pelo Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) e pelo Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP).
Participação da universidade
Liandra conta que durante os dois dias de programação foram apresentados apontamentos sobre casos de desrespeito a direitos dos pescadores artesanais frente a grandes empreendimentos econômicos em todo o território brasileiro. Os dados foram obtidos a partir de um levantamento nacional que envolveu pesquisadores e professores das regiões norte, nordeste, sudeste e sul.
Integrantes do Laboratório Interdisciplinar MARéSS - Mapeamento em Ambientes, Resistência, Sociedade e Solidariedade, da FURG, em conjunto com pesquisadores de outras instituições de pesquisa, construíram o documento apontando casos de supressão de garantias legais dos trabalhadores das regiões sudeste e sul, que foi apresentado durante o evento pela professora do campus lourenciano.
Conforme aponta a docente, como exemplos de violações de direitos dos pescadores artesanais do sudeste e sul, estão a pesca industrial na costa, os riscos associados à mineração, a proposta de instalação de parques eólicos e a contaminação das águas pela rizicultura, dentre outros.
Todo o material discutido está disponível no canal do Conselho Pastoral dos Pescadores no YouTube.