Na última quinta-feira, 1º, estudantes do curso de Agroecologia da FURG São Lourenço do Sul (FURG-SLS), matriculados na disciplina de Sistemas Agroflorestais e Fruticultura, visitaram o Centro de Educação Ambiental da Mata Atlântica (Ceama), situado na localidade de Sesmaria, no interior de São Lourenço do Sul.
Projeto “Escola na Universidade” promove novas oficinas de microscopia na FURG-SLS
Ciclo de palestras da 11ª Feira Municipal do Conhecimento acontece nesta sexta-feira, 7, na FURG-SLS
PIBID de Letras da FURG-SLS participa da Feira do Livro de São Lourenço do Sul com projeto de troca de livros
Para o professor Márcio Gonçalves, responsável por ministrar a disciplina, o cultivo agroflorestal traz potencialidades e desafios aos futuros agroecólogos. “Os sistemas agroflorestais compreendem uma forma de fazer agricultura especial, agregando a produção agrícola com a convivência com a floresta. Isso representa um desafio e uma oportunidade: um desafio pois depende de adaptações e aprimoramentos tecnológicos nos sistemas de produção, e uma oportunidade pois através do uso da força vital da floresta podemos produzir de forma mais barata e com mais qualidade”.
O docente explica que apesar de recente no cenário brasileiro, a utilização de princípios agroflorestais na produção de frutas tem se mostrado como uma estratégia muito promissora. “Já contamos com sistemas muito desenvolvidos nas culturas dos citros (laranjas e bergamotas), do cacau, da banana, do café e das frutas nativas. Outros sistemas estão sendo desenvolvidos neste momento. Um dos exemplos mais impactantes é a de produção de citros no Vale do Caí, onde a utilização de sistemas agroflorestais zerou a necessidade de utilização de agrotóxicos e de adubos químicos de alta solubilidade, propiciando o cultivo orgânico”.
Márcio diz que na zona sul do estado, região que São Lourenço do Sul está inserida, a uva e as frutas nativas são o carro-chefe dos sistemas agroflorestais, porém este tipo de cultivo está em expansão na região, e a cada ano surgem novidades. “Nas atividades com o Ceama sempre buscamos nos atualizar em relação ao desenvolvimento dos sistemas de produção na própria área da entidade, assim como conversamos sobre aspectos do cenário regional e nacional sobre sistemas agroflorestais. Dois assuntos que foram muito pertinentes foram a condução das videiras e o controle de doenças com tratamento de inverno. Outro ponto alto da atividade é a execução de algum itinerário técnico, que nesta oportunidade constou de uma pré-poda no pomar de goiabeira, ou seja, preparamos os pés para a poda de frutificação, que se dará em outubro ", relata.