Em consequência da pandemia de Covid-19 e das recomendações de distanciamento social, a programação do Março Lilás 2021 na FURG é realizada de forma virtual. A série “Círculos de Conversa” integra as atividades deste mês.

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Disponível em quatro episódios no canal da FURG no YouTube, a produção é resultado das atividades do Março Lilás de 2020, realizado de forma presencial no Cidec-Sul antes da chegada do coronavírus em Rio Grande. Na mesa redonda “Em pauta: violência e assédio”, a professora Juliana Rizza mediou a conversa entre as professoras Ana Claudia Lucas (UFPel), Daniele Acosta (FURG) e Elisa Celmer (FURG), e a assistente social Fernanda Pereira (Caic/FURG).

A mediadora da conversa, professora Juliana, destaca que a ideia surgiu depois do Março Lilás 2020 e da interrupção das ações devido à pandemia. “Tivemos a palestra, mas tudo foi interrompido e tínhamos um material muito bom para debate, então optamos por dividir o encontro nos episódios, cada um com a fala de uma das convidadas”, conta.

Segundo Débora Amaral, diretora de Extensão e uma das organizadoras dos vídeos, o grupo tem a intenção de fazer o encontro de 2020 circular em escolas e formações. Débora também ressalta que “falar sobre violências é uma possibilidade de minimizar essas práticas, desnaturalizando processos”, por isso a importância de “deixar o encontro mais atemporal”.

Os vídeos

O 1º episódio, lançado no dia 4 de março, apresenta a docente Ana Cláudia Lucas debatendo sobre assédio, sobre o fato de as mulheres serem as principais vítimas de práticas abusivas, de como o assédio acontece e o que fazer quando essas situações ocorrem.

No 2º episódio, Elisa Celmer, docente da FURG, aprofunda o debate sobre assédio, tratando dos aspectos legais da prática em âmbito institucional, distinguindo assédio de gênero (uma das formas do assédio moral; ilícito civil e administrativo) e assédio sexual (ilícito civil, administrativo e penal).

O 3º episódio da série “Círculos de Conversa” trouxe a professora Daniele Acosta discutindo a necessidade de delegacias especializadas para atender ocorrências de violência doméstica e a violência contra a mulher como um problema de saúde pública, por meio de dados coletados e avaliados ao longo de suas pesquisas de mestrado e doutorado.

Já o último episódio, divulgado em 25 de março, apresenta a assistente social Fernanda Pereira abordando a reincidência da violência contra mulheres e meninas pobres em Rio Grande, a partir de uma pesquisa aprofundada com o público da zona oeste.