O Março Lilás foi aberto oficialmente no salão nobre Deputado Carlos Santos, na Prefeitura Municipal do Rio Grande, na última quarta-feira, 4. O local estava praticamente lotado de mulheres e de representantes de instituições que fazem parte da luta e resistência por tempos mais promissores. O Março Lilás entrou para o calendário do município em 2013, e tornou-se significado de luta, defesa de direitos e resistência.
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Compôs a mesa de abertura do evento, o prefeito Alexandre Lindenmeyer, a secretária do Gabinete de Programas e Projetos Especiais, Darlene Pereira; a coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, Maria de Lourdes Lose; a vereadora Andreia Westphal, representando a Câmara Municipal; a delegada Paula Garcia, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a reitora da FURG Cleuza Maria Sobral Dias e demais autoridades.
Maria de Lourdes, Coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, abriu as falas e destacou a emoção daquele momento. “O Março Lilás nasceu em 2013, no primeiro ano desta gestão. E desde lá seguimos ampliando essa iniciativa com o objetivo de garantir a pluralidade, a unidade e a coletividade das nossas ações”, destacou. Disse que a edição de 2020, além de outras tantas pautas, pretende dar visibilidade para as mulheres da terra e agradeceu a presença e o compartilhamento de experiências das palestrantes Cátia Lindemann, bibliotecária, e da professora Dra. Marcela Wanglon Richter. Ambas compartilharam vivências e projetos que visam a remissão de pena de mulheres por meio da leitura, na Penitenciária Estadual (PERG), no painel “Mulheres encarceradas: combatendo a invisibilidade”.
Em sua fala, a reitora da FURG saudou todos os presentes e mencionou o fato de ser a primeira reitora mulher em 50 anos de universidade. “Esse momento é muito importante e cabe a todos nós resistirmos aos retrocessos que estamos vivendo. Precisamos ser resistência na defesa de políticas públicas e na manutenção de uma sociedade que vinha superando o machismo estrutural e cultural, e que vem sendo alimentado e que coloca a mulher em uma fragilidade muito grande. Eu tive uma oportunidade diferenciada, onde pessoas me encorajaram a assumir o cargo que ocupo hoje. Porém, ser a primeira reitora da FURG me orgulha mas também me entristece, pois com certeza existiram outras mulheres ao longo desses 50 anos de universidade, com competência para assumir este cargo. O nos falta, na condição de mulher, é termos oportunidades e apoio, para que possamos ter a coragem de ocupar cargos públicos ou privados, para os quais temos competência”, enfatizou Cleuza Dias. Antes do término da sua intervenção, a Reitora cumprimentou Maria de Lourdes “símbolo da luta das mulheres por onde passou e uma referência para todas nós”, reforçou.
Outros relatos de resistência também marcaram a tarde, como o da delegada Paula Garcia, “estou completando 10 anos como delegada de polícia”, disse, orgulhosa, seguida de aplausos de reconhecimento pelo trabalho realizado em uma profissão onde há uma presença maior de homens.
O prefeito Alexandre Lindenmeyer encerrou as manifestações da mesa. Destacou a felicidade em participar dessa construção iniciada ainda no primeiro ano de governo, no ano de 2013. “São várias ações de lá para cá, que fortaleceram as políticas e construíram uma grande e representativa rede de resistência que visualizamos aqui nesta oportunidade”, comentou.
Além dos citados, estiveram presentes o representante do 6º BPM e coordenador da Patrulha Maria da Penha, Tenente Azevedo, Magnólia Carvalho, presidente do Conselho dos Direitos da Mulher, Diego Espíndola, representando o Conselho de Secretários Estaduais do Rio Grande do Sul, dentre outras autoridades e representantes da sociedade civil.
Com informações da Assessoria da Prefeitura Municipal do Rio Grande
