AÇÕES AFIRMATIVAS

FURG realiza fórum para ampliar discussões sobre o transtorno do espectro autista

Evento acontece em maio, no Cidec-Sul, após a conclusão de um mês de atividades

O início do mês de abril lança luz sobre o Dia de Conscientização do Transtorno do Espectro Autista, celebrado no dia 2. Construir ações que oportunizem um diálogo afetivo com a comunidade sobre o TEA é a missão do MIRADAS - Fórum de Conscientização Transtorno do Espectro Autista, que está sendo planejado para o próximo mês.

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O evento acontecerá no Cidec-Sul, nos dias 10 e 11 de maio, com a realização de rodas de conversa, oficinas, conversas com representantes institucionais, apresentação de eixos e plenária. Serão debatidos temas como capacitismo, saúde e abordagens terapêuticas, educação inclusiva, legislação e políticas públicas, trabalho e oportunidades e linguagem e comunicação.

A passagem da data simboliza a busca pelo fortalecimento de políticas públicas e práticas sociais que acolham e respeitem pessoas autistas nas suas relações familiares, educacionais, de trabalho, de saúde e de lazer.

Assim, durante todo o mês de abril, haverá atividades relacionadas à conscientização do transtorno do espectro autista, buscando a acolhida de outros olhares sobre o tema e também sensibilizar a comunidade para a participação no Fórum.

"Acreditamos que é somente por meio da escuta e do encontro que é possível nos educar enquanto pessoas e também enquanto instituições", destaca a coordenação da agenda social da FURG.

A proposta do MIRADAS está sendo construída pela FURG através de diversos setores e projetos, e por profissionais e familiares das pessoas autistas do município do Rio Grande, que incluem a Escola Municipal de Educação Maria Lúcia Luzzardi e o coletivo Autistas Crescem.

Outras informações sobre a programação poderão ser obtidas através do email agendasocial@furg.br.

Levantamento do Censo
No Brasil, estima-se que haja, atualmente, mais de 2 milhões de portadores do transtorno do espectro autista (TEA). Segundo definição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), são pessoas que apresentam, em diferentes graus, problemas no neurodesenvolvimento, caracterizados por dificuldades de interação social e comunicação, comportamentos repetitivos e restritos, e sintomas que podem variar de leves a severos.

Esses números, entretanto, podem ser mais altos. Adiado devido à pandemia, e, mais tarde, por falta de orçamento, o censo de 2020 realizado pelo IBGE poderá trazer dados mais precisos sobre essa condição. É que, pela primeira vez, as famílias brasileiras foram consultadas pelos recenseadores sobre o TEA. O levantamento irá revelar quantas pessoas foram diagnosticadas com o transtorno e quantas apresentam sintomas característicos, mesmo sem diagnóstico.

Direitos
Em 2012, foi sancionada a Lei 12.764, conhecida como Lei Berenice Piana, que determina que pessoas com TEA sejam consideradas, para todos os efeitos legais, pessoas com deficiência (PCDs). Portanto, todos os direitos já garantidos a PCDs, como vagas e filas preferenciais, direitos na escola e em terapias, passaram a ser assegurados por legislação federal a quem está no espectro do autismo.