Nesta segunda-feira (8), é celebrado o Dia Nacional da Ciência e o Dia do Pesquisador Científico. A primeira data foi sancionada em 2001, pela Lei nº 10.221; e a segunda, em 2008, através da Lei nº 11.807. Ambas homenageiam o dia da criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 8 de julho de 1948. A data tem como objetivo chamar a atenção para a produção científica do país, estimular o gosto dos jovens pela ciência e divulgar o saber científico para a sociedade. A importância da ciência e do pesquisador nunca ficou tão evidenciada quanto nos últimos anos, durante a pandemia de Covid-19. Foi graças ao esforço dos pesquisadores e aos avanços acumulados pela ciência nas décadas anteriores que foi possível o desenvolvimento de vacinas em tempo recorde para a prevenção da doença e também de medicamentos eficazes para tratar a infecção.

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A luta de quem faz pesquisa no Brasil é diária, em qualquer dos conhecimentos. Pesquisadores e pesquisadoras se debruçam na busca de soluções para os mais diversos problemas enfrentados pela nossa sociedade e desenvolvem recursos que facilitam o nosso dia a dia e nos permitem ter mais bem-estar. O método científico é um conjunto de etapas, normas e técnicas empregadas para validar um estudo técnico, contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento científico.
O Brasil é um país que conta com grandes cientistas em diversas áreas e, por isso, tem dado contribuições significativas ao desenvolvimento científico mundial, destacando-se no meio científico internacional sendo responsável por 13% de tudo o que é pesquisado no mundo. No entanto, nem tudo é aplicado e o país aparece em 69º lugar no ranking de inovação mundial (Índice Global de Inovação). De acordo com a Academia Brasileira de Ciências, mais de 95% da produção científica brasileira são realizadas em universidades públicas. As ciências têm várias classificações, como as humanas, as exatas e as sociais, por exemplo. Na prática, tudo o que se estuda em uma faculdade é um exemplo de ciência.
Segundo a professora Elisa Helena Fernandes, do Instituto de Oceanografia da FURG (IO) e integrante do Comitê de Avaliação e Prognóstico de Eventos Extremos da universidade, a ciência está presente o tempo todo no nosso cotidiano (quando acordarmos, nos alimentamos, nos deslocamos), e ao longo das décadas vem proporcionando avanços fundamentais para a sociedade, como por exemplo o tear mecânico, as máquinas a vapor, os medicamentos, as vacinas, os avanços tecnológicos e tantos outros. "O trágico evento de enchente de maio de 2024 demonstrou claramente a importância da ciência desenvolvida nas universidades para o enfrentamento dos eventos climáticos extremos, e hoje em dia, vêm norteando as decisões de reconstrução do RS em nível federal e estadual. Também ficou claro, entretanto, que precisamos evoluir na forma de nos comunicarmos com a sociedade", afirma.