Nesta segunda-feira, 8, é dia de celebrar a longa trajetória do Museu Oceanográfico da FURG “Prof. Eliézer de Carvalho Rios”. Um dos destinos mais procurados pelos turistas que visitam a região e um dos maiores símbolos da promoção da ciência, da preservação da vida marinha e do papel extensionista da Universidade.
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Segundo o diretor do Complexo de Museus da FURG, Lauro Barcellos, a resposta da comunidade diante da sua experiência no museu é que traduz a satisfação de quem atua há anos neste espaço e dedica parte da vida em transformar a ciência e a pesquisa em algo acessível e prazeroso para todas as pessoas.
“O museu interage fortemente com a comunidade e possui um consentimento social. A nossa comunidade reconhece no Museu Oceanográfico uma referência científica, educativa, uma referência de lugar bonito, de entretenimento, onde as pessoas vêm para conhecer, descansar e confraternizar. Então, é essa a resposta que eu sempre dou, porque é a partir da comunidade que nós podemos entender aquilo que nós fazemos há tanto tempo”, disse Barcellos.
Confira pesquisa na íntegra ao final do texto.
Sobre o Museu
A história do Museu Oceanográfico começa em 8 de setembro de 1953, quando a Sociedade de Estudos Oceanográficos do Rio Grande (SEORG) fundou o Museu que passou a funcionar na Praça Tamandaré – na casinha do jardineiro – a qual foi emprestada pela Prefeitura Municipal do Rio Grande.
Foi uma iniciativa de três amigos: o prof. Eliézer Rios, o biólogo Boaventura Barcellos e o eng. Iugoslavo Nicolas Vilhar.
Naquela época, o Museu funcionou na Praça Tamandaré, num lugar muito bonito organizado e aberto ao público. Como primeiro diretor, o Museu teve o biólogo Boaventura Barcellos que assumiu a direção por alguns anos; passando a função ao Prof. Eliézer de Carvalho Rios, o qual dá nome ao Museu Oceanográfico.
Com a transferência do Museu Oceanográfico para a Fundação Cidade do Rio Grande, ele passou a ter prédio próprio, o qual está instalado até hoje.
Em 1973, com a aprovação do Projeto Atlântico e a construção da Base Oceanográfica Atlântica, a FURG tratou com a Fundação Cidade do Rio Grande a passagem do Museu para a Universidade com o intuito de reforçar o complexo de pesquisas oceanográficas voltadas ao ecossistema oceanocosteiro/lagunar.
Em janeiro de 1974, a Fundação Cidade do Rio Grande passa o Museu Oceanográfico para a Universidade dando origem ao Complexo de Museus da FURG que existe até hoje na cidade do Rio Grande. Foi muito importante a colaboração e o apoio do Prof, Eurípedes Falcão Vieira – Reitor - com visão de futuro e que muito contribuiu para que o Museu se estabelecesse neste formato que tem até hoje; ressalta-se ainda o apoio do Eng. Francisco Martins Bastos e também do Sr. Henrique José Vieira da Fonseca, que através da Fundação Cidade do Rio Grande fizeram todos os movimentos necessários para que o Museu fosse transferido à Universidade.
O Museu foi construído com recursos doados por cinco empresas de pesca local, a Indústria Brasileira de Peixe S.A.– Pescal; a Indústria Riograndese de Pescado S.A.; a Indústrias Reunidas Leal Santos S.A; Torquato Pontes Pescados S.A e Wigg S.A. Comércio e Indústria e com o importante apoio da Refinaria de Petróleo Riograndense (antiga Refinaria Ipiranga) a qual é parceira até hoje.
A instituição mantém uma exposição pública sobre a vida e a dinâmica dos oceanos, apresentada em painéis, maquetes, aquários e diversos equipamentos utilizados em pesquisas oceanográficas. Nos painéis das salas do Museu são apresentadas centenas de conchas, que enriquecem a coleção de moluscos.
Aproximadamente 50% do acervo representa a malacofauna brasileira. Os espécimes são preservados inteiros secos, inteiros em líquidos e partes de espécimes secos (peles, esqueleto, conchas, ossos, crânios, ovos, penas). As ilhas oceânicas brasileiras também fazem parte das pesquisas do museu. Algumas expedições foram realizadas, tais como: Atol das Rocas, em 1977 e 1982; Arquipélago de Abrolhos, em 1978 e 1980; Arquipélago de Fernando de Noronha, em 1979 e Arquipélago de São Pedro e São Paulo, a partir de 2001. Com base nesse material, várias espécies estão sendo estudadas e muitas já foram descritas.
Com a implementação do Banco de Imagens e Dados (BID), projeto financiado pela Petrobras, 46.200 amostras de moluscos foram catalogadas, promovendo um grande avanço no manejo dessas informações
Horário de visitação: O museu abre de terça a sábado das 14h às 18h
Endereço: R. Capitão-Tenente Heitor Perdigão, 10 - Centro, Rio Grande - RS