O projeto de extensão PancPop, vinculado ao Campus FURG São Lourenço do Sul (FURG-SLS), participou recentemente de uma oficina sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), na fronteira entre Brasil e Uruguai.
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De acordo com a docente e coordenadora do projeto, Jaqueline Durigon, a oficina contou com a presença de um público diversificado, envolvendo estudantes do instituto, agricultores, nutricionistas uruguaias e grupos de mulheres que mantêm hortas comunitárias no Uruguai, além de produtores do lado brasileiro.
“O que permitiu também um diálogo muito rico, muitas trocas sobre essas plantas que ocorrem tanto no Brasil quanto no Uruguai”, disse.
Jaqueline também explicou que o PancPop atua fortemente no sul do Rio Grande do Sul, na região conhecida como Zona Sul, que apresenta condições climáticas, econômicas e culturais semelhantes às da parte mais ao norte do Uruguai.
“Mas nós estamos todos no bioma Pampa; é o bioma que nós compartilhamos, o sul do Rio Grande do Sul com o Uruguai”, destacou.
A atividade, ministrada em castelhano/espanhol, marcou um novo momento na trajetória do PancPop, que passa a expandir suas ações para além do território brasileiro.
Para Carlos Alberto Seifert Junior (Jajá), docente e integrante do projeto, a oficina consolida uma nova fase do projeto.
“Estamos num período de grande expansão das ações e do escopo territorial. Desde o ano passado, a gente se consagra como um modelo e um projeto de destaque também no âmbito nacional”, afirmou.
Segundo ele, o convite para atuar na fronteira já resultou em novas propostas de colaboração no Uruguai.
“Agora a gente inicia uma atuação no âmbito internacional também. Embora a gente tenha realizado atividades na fronteira, isso já derivou para vários convites futuros para a gente construir em outros territórios do Uruguai essas atividades. E mostra que o debate das plantas alimentícias não convencionais vem ganhando destaque no contexto latino-americano também”, reforçou.
O debate sobre as plantas alimentícias não convencionais tem ganhado força em toda a América Latina. De acordo com Jajá, já existe uma rede latino-americana consolidada sobre o tema, da qual a professora Jaqueline passou a integrar, fortalecendo ainda mais a presença da FURG e do PancPop nesse cenário.
A oficina no Chuí reforça o caráter formativo, colaborativo e transfronteiriço do PancPop, que segue ampliando seus horizontes e promovendo o diálogo entre saberes científicos e populares em torno das PANC.
“Foi um primeiro momento de aproximação e que abriu muitas portas para a construção de efetivas parcerias e, quem sabe, até de futuros convênios binacionais entre o Brasil e o Uruguai, como a gente tem trabalhado. Foi um esforço muito grande na nossa parte de tentar mobilizar isso, tentar adaptar o que a gente conhece das espécies no Brasil à língua espanhola, ao debate contextualizado, porque é isso: o PancPop é um projeto muito territorializado. Então, a gente adapta nossas ações e nossas construções ao território em que estamos trabalhando”, concluiu Jajá.