Nesta terça-feira, 26, o Laboratório Interdisciplinar Mapeamento em Ambientes, Resistência, Sociedade e Solidariedade (MARéSS), da FURG, divulgou um manifesto sobre as cheias que têm afetado fortemente o Rio Grande do Sul nos últimos meses. Confira abaixo:
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1) O debate climático não é uma surpresa e o negacionismo climático, além de uma prática discursiva, se revela também na inexistência (ou parca existência) de ações públicas de prevenção, preparo e resposta. Frente à realidade cotidianamente imposta, não há espaço para a institucionalização do negacionismo climático;
2) As consequências são graves para todos os setores da sociedade, mas são os mais pobres que tem sofrido os maiores e mais frequentes danos, o que se traduz na injustiça climática.
3) As condições extremas inviablizam a manutenção dos grupos de distintas formas. Podemos citar os catadores de materiais recicláveis, que se veem impossibilitados de coletar e processar os materiais; os agricultores familiares, que enfrentam diversas dificuldades na colheita e comercialização; e as comunidades pesqueiras, face sua dependência aos ciclos das águas e ao histórico descaso do poder público, que lhes nega infraestruturas básicas como acesso à estrada. Ademais, as comunidades pesqueiras situadas no estuário da Lagoa dos Patos sofrem com o escoamento da água de todo o Rio Grande do Sul.
4) Assim, faz-se necessário que as políticas públicas de infraestrutura pública, de resposta a emergências e de formação cidadã alcancem e priorizem essas populações vulnerabilizadas e promovam o fortalecimento das lideranças comunitárias.
O documento também pode ser consultado no site do MARéSS.