O alto volume de chuva e os fortes ventos que voltaram a atingir a metade sul do estado provocaram uma série de avarias no campus Carreiros da FURG, em Rio Grande.
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As atividades acadêmicas e administrativas da universidade foram canceladas pela Reitoria na segunda-feira, 11, tão logo o alerta meteorológico previu a chegada de chuvas intensas na região.
Em meio à situação, a equipe da Pró-reitoria de Infraestrutura (Proinfra) deu início a uma força-tarefa para monitorar os danos ocasionados. No momento, o grupo de trabalho inicia um planejamento de ações a curto e médio prazo para solucionar os problemas mais emergenciais.
De acordo com o pró-reitor Rafael Gonzales, foram verificadas grandes infiltrações provenientes da cobertura em prédios como a Secretaria de Educação a Distância (SEad), o Centro de Educação Ambiental, Ciências e Matemática (Ceamecim) e a Biblioteca Central. Além disso, nos extremos dos prédios de salas de aula 4 e 6, onde existem salas com o piso rebaixado, foram identificadas infiltrações pelo assoalho, devido à grande quantidade de água retida no solo do entorno. "Em diversos outros prédios foram observadas infiltrações menores, também decorrentes do grande volume de água, em curto período de tempo, que adentrou pelos sistemas da cobertura", detalha o pró-reitor.
Quanto às vias e estacionamentos do campus, com o grande volume de água retido nas áreas de drenagem, verificou-se acumulo de água na curva próxima aos prédios do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e nos estacionamentos do Instituto de Ciências Humanas e da Informação (Ichi), do prédio 2 (nas imediações do anexo) e do Cidec-sul, e no estacionamento e acesso ao prédio das pró-reitorias, dentre outros.
"Cabe destacar que a situação agravante observada no prédio da Biblioteca se deu pelo fato de ali estar em andamento uma obra de adequação dos sistemas de cobertura, a qual não está finalizada, e por isso sofreu de forma mais intensa os efeitos da chuva", explica Gonzales.
Há que se destacar ainda os casos ocorridos no Ceamecim e SEaD, onde já havia o mapeamento de danos ocasionados pelo ciclone que atingiu a região em julho. Entretanto, até o momento não foi possível obter empresas terceirizadas interessadas em executar os reparos de forma emergencial no local. "A situação orçamentária vivenciada no presente ano vem sendo agravada pelos efeitos climáticos, com um déficit previsto em torno de R$ 10 milhões. Já não há recursos passíveis de serem alocados nas obras decorrentes de tais fenômenos", projeta o titular da Proinfra.
Diante disso, a FURG vem, desde julho, pleiteando o aporte orçamentário junto ao Ministério da Educação (MEC); porém, as empresas terceirizadas na ausência de perspectivas em receber por eventuais serviços prestados, declinam dos convites para execução.