ACORDO DE COOPERAÇÃO

Reitores formalizam criação de comitê estratégico para a administração dos Laboratórios de Ensino Flutuantes

Assinatura aconteceu durante a CLXXXVI Reunião Ordinária do Conselho Pleno da Andifes, em Brasília

Foto: Divulgação

Concebido para suprir a carência nacional de meios flutuantes para a formação de estudantes dos cursos em Ciência do Mar, o projeto dos Laboratórios de Ensino Flutuantes (LEF) foi finalizado em 2013 e apresentado ao Ministério da Educação (MEC), que reconheceu a relevância da experiência embarcada como etapa essencial para a qualificação dos futuros profissionais da área, fomentando a construção de quatro embarcações, uma para cada região do país. Em razão da sua experiência na área, a FURG foi designada para coordenar o processo licitatório e fiscalizar a construção dos LEF, concluída no final de 2020.

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Visando a adequada gestão destes novos Laboratórios de Ensino o reitor Danilo Giroldo assinou nesta última quinta-feira, 9, em Brasília, um acordo de cooperação para a formação de um comitê estratégico, que inclui, além da FURG, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O colegiado fará a interlocução entre as instituições responsáveis pela operação dos LEF e o MEC.

Também estiveram presentes na ocasião os reitores Alfredo Macedo Gomes (UFPE), e Antônio Cláudio Lucas da Nóbrega (UFF); o reitor Natalino Salgado Filho (UFMA), participou por videoconferência. A assinatura do acordo aconteceu durante a CLXXXVI Reunião Ordinária do Conselho Pleno da Andifes, primeira ocorrida de forma presencial desde o início da pandemia de covid-19.

O papel dos comitês no gerenciamento das embarcações

De acordo com Danilo, o gerenciamento dos Laboratórios de Ensino Flutuantes está ancorado em um sistema de governança em quatro níveis, compreendendo os comitês locais, constituídos no âmbito das instituições que assinaram o acordo, os quais são os responsáveis pela execução dos embarques. Os comitês regionais, formado por representantes das instituições usuárias dos LEF, são responsáveis pelo planejamento dos embarques em cada região, enquanto o comitê gestor nacional, composto por representantes das regiões, se encarrega do planejamento e padronização das atividades embarcadas.

Ainda segundo Giroldo, também é responsabilidade do comitê gestor nacional o repasse aos reitores das informações e pareceres acerca das necessidades orçamentárias e estruturais para que os navios possam operar de forma plena.

“Com a assinatura do acordo e a formalização deste último nível de governança, a expectativa é de que este importante projeto de construção dos complexos equipamentos multiusuários, que são os Laboratórios de Ensino Flutuantes, alcance plenamente o seu objetivo de formar recursos humanos qualificados na área de Ciências do Mar”, destacou Giroldo.

O reitor enfatizou, durante a assinatura do termo, a respeito do trabalho conjunto que vem sendo realizado, desde 2005, no âmbito da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), pelas instituições que atuam em Ciências do Mar para a consolidação e ampliação da formação nesta área de conhecimento: “São vários cursos que demandam a experiência embarcada. A partir da ação dos pesquisadores que coordenam a rede de cursos das Ciências do Mar, foram realizados estudos e identificado o tipo de embarcação que poderia operar em toda a Costa Brasileira, numa ação conjunta entre universidades”.

Pandemia e a utilização das embarcações

Com o surgimento da pandemia de covid-19, em março de 2020, a realização de atividades presenciais ficou inviabilizada, em especial dos laboratórios Ciências do Mar III e IV, que ainda não deram início aos embarques de estudantes. O Ciências do Mar I, primeiro Laboratório de Ensino Flutuante a operar plenamente, realizou 33 cruzeiros até o final de 2019, embarcando 377 estudantes de sete instituições da Região Sul. O Ciências do Mar II, por sua vez, teve suas atividades iniciadas somente na metade de 2019 - em face dos trâmites para seu licenciamento - realizando sete cruzeiros até o final do período, com a participação de 109 estudantes de três instituições da Região Norte.

A expectativa é de atuação plena dos quatro laboratórios a partir de março de 2022, com o retorno das atividades presenciais por parte das instituições de ensino superior, o que deverá envolver estudantes de 46 cursos de graduação e 30 de pós-graduação, pertencentes a 41 universidades de todo o país.