DIA DO ESTUDANTE

Mais de 13 mil estudantes fazem a FURG acontecer todos os dias

Na graduação e pós-graduação, dados mostram um raio-x do público discente da universidade

Formar estudantes. Essa é a missão fundamental da FURG, que nos seus 52 anos de história já graduou mais de 25 mil profissionais nas mais diferentes áreas do conhecimento. A força de trabalho da universidade se move cotidianamente por esse desafio: oferecer a estudantes, além de uma profissão, uma experiência de cidadania, que envolve aprender, ensinar, trocar e partilhar, inventar e inovar, organizar-se e transformar.

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De acordo com um levantamento da Diretoria de Gestão Acadêmica (Digea) da Pró-reitoria de Graduação (Prograd), cerca de 160 mil estudantes de graduação, pós-graduação e EAD já passaram pela FURG. Confira mais dados sobre os estudantes da universidade:

- No ano de 2021, a FURG tem 10.650 estudantes matriculados em cursos de graduação. Desses, 10.140 estão matriculados em cursos presenciais e 513 na modalidade educação a distância

- Quase 3 mil (2.990) dos matriculados ingressaram na FURG em 2021. O Sisu foi a forma de ingresso de 75% dos novos estudantes. As outras formas de ingresso foram processos seletivos específicos para quilombolas, indígenas e para o curso de Educação do Campo, diplomados, reingressos, mudanças de curso, vagas remanescentes etc.

- Os cursos de pós-graduação da universidade têm 2.563 matriculados, entre especialização, mestrado e doutorado. Estes estudantes são também pesquisadores e pesquisadoras.

- Desde o início da pandemia, mesmo quem está matriculado em curso presencial está tendo a maior parte das atividades remotas.

- Entre os estudantes de graduação e pós-graduação matriculados na universidade, 63% são de municípios do Rio Grande do Sul.

Hélen Diogo, graduanda do último ano do curso de Direito, ressalta a importância que FURG tem para sua formação e história de vida. Integrante do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros e Indígenas (Neabi) e do projeto Leituras Marginais: temáticas relevantes em Processo Penal da Faculdade de Direito (Fadir), Hélen define a experiência estudantil na FURG como gratificante: “É uma grande oportunidade, não só profissional em uma área que tanto gosto, mas também vejo a FURG como uma universidade que me faz cada vez mais próxima desse espaço de ensino, com uma capacidade de agregar estudantes de diferentes regiões e possibilitar uma troca. Tenho muito a agradecer por estar na FURG, mesmo no período de pandemia onde tivemos que nos adaptar e infelizmente interromper as trocas presenciais que tínhamos. Porém as atividades conseguiram se manter e eu pude continuar com a minha formação”.

A universidade tem trabalhado políticas para uma universidade cada vez mais plural e representativa dos diversos segmentos sociais. Mas os números indicam que ainda há bastante a caminhar. 

  • - Entre o total dos 13.121 estudantes de graduação e pós-graduação, 60% são mulheres e 40% homens. 

  • - Na graduação presencial, entre os que declaram cor, 71,2% dos estudantes são brancos; 13,7% pardos; 8,2% pretos; 0,7% amarelos e 0,6% indígenas.

  • - Quando o recorte é para os cursos EAD, a presença declarada de brancos é de 82,5%; de pardos, 7,5%; de pretos, 7,3% e de amarelos e indígenas, abaixo de 0,5%.

  • - Na pós-graduação, são 70,9% de autodeclarados brancos, seguida por 12,4% de pardos, 6,3% de pretos, 0,8% de amarelos e 0,2% de indígenas.

  • - Em 2009, a FURG institui o Programa de Ação Inclusiva (Proai), possibilitando a oferta de vagas a candidatos egressos do ensino público fundamental e médio, autodeclarados negros e pardos e pessoas com deficiência. Em 2013, foi substituído pelo  Programa de Ações Afirmativas (PROAAf), que também possibilita ingresso de estudantes quilombolas e indígenas.


- Desde 2013, a FURG adequa seus sistemas de registros acadêmicos ao reconhecer a identidade por meio do nome social para estudantes. Neste ano de 2021 há 13 estudantes com nome social na universidade. 

Estudante de Pedagogia, Regininha ingressou no curso em 2018, mas seu envolvimento com a FURG começou antes, por meio de convites do Coletivo Camaleão que levava para a universidade debates da comunidade LGBTQIA+. “Tive muito receio ao conhecer o espaço acadêmico, porque me remeteu a diversas violências que sofri no meu período escolar, mas ao partilhar com os estudantes me senti acolhida. A partir disso senti a necessidade de concluir o ensino médio porque eu passei a desejar a universidade como um espaço meu por direito”. 

Regininha relembra o momento de escolha do curso, as dificuldades e o apoio que teve dos colegas e da universidade: “Fui convidada a participar do seminário Paulo Freire e foi uma experiência tão boa que decidi que faria Pedagogia para que histórias como a minha não voltem a acontecer. Quando ingressei na FURG tinha muitos receios em relação à sala de aula e todo esse universo, mas meus professores e colegas se tornaram pessoas muito importantes na minha caminhada por conta do acolhimento humanizado que tiveram comigo. “A universidade ressignificou a minha história com a educação por ser um espaço que é, de fato, plural”, ressalta a 1ª vereadora trans eleita no município do Rio Grande.

Mais histórias de estudantes

Às 16h desta quarta-feira, 11, no programa FURG em Casa, no Instagram, a jornalista da Secom Andréia Pires conversa com três estudantes sobre a data e sobre como têm sido sua rotina durante a pandemia, com as aulas e a vivência universitária reinventadas.