Na tarde da última terça-feira, 6, representantes do iTec/FURG – Embrapii estiveram reunidos com o reitor Danilo Giroldo; o superintendente do Porto do Rio Grande, Fernando Estima; e o coordenador de um projeto de inovação da autarquia, Henrique Horn Ilha. O encontro, que aconteceu via videoconferência, representou um momento para a unidade apresentar seu potencial e capacidade instalada, e, ao mesmo tempo, ouvir as demandas do órgão.
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FURG e Porto: parcerias antigas
De acordo com Estima, a avaliação sobre o Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (Simcosta) – projeto desenvolvido pela FURG em parceria com Porto, com abrangência nacional e reconhecimento internacional -, é extremamente positiva. “Essa inteligência construída pela universidade é um exemplo que nos orgulha. Essa parceria que fizemos ajudou muito no andamento do porto, e é uma frustração imaginar que novas tecnologias não estão sendo desenvolvidas conosco”, aponta o superintendente.
Para Giroldo, existem plenas condições para a FURG desenvolver inovação tecnológica com o Porto do Rio Grande, principalmente levando em consideração o papel da Embrapii em ser um mecanismo de aproximação entre a universidade e o setor industrial, acelerando a entrega e a transferência de tecnologia entre as partes envolvidas. “A gente tem que quebrar a concepção de que é difícil trabalhar com a universidade. Hoje existem mecanismos legais e operacionais que garantem confiança, agilidade e eficiência nos processos de inovação. A Embrapii é uma dessas ferramentas”, esclarece.
Em sua fala, o professor e pesquisador do iTec, Nelson Duarte, relembrou a relação de confiança que já existiu entre a FURG e o órgão. “Estamos em um ciclo onde reiniciamos a condição de confiança, agora em outro patamar e com outras possibilidades, para concretizar uma possível parceria que um dia já aconteceu entre ambas instituições”, pontua o professor.
Apresentando a unidade
No momento mais denso do encontro, coube a diretora da unidade, Silvia Botelho, apresentar o iTec/FURG, sua capacidade instalada, infraestrutura, recursos humanos e projetos estabelecidos. Durante sua fala, a professora destaca o caminho que uma inovação precisa percorrer até ser de fato entregue. “Inovação passa pelo desenvolvimento tecnológico e pela pesquisa, e ela tem riscos. É por isso que o Brasil inova tão pouco. Ninguém entra nessa sem confiança. E, já que o risco é grande, é preciso saber que se está contratando o melhor time para enfrentar esses riscos. Hoje, a nossa reunião é voltada para isso, para mostrar o potencial que a FURG tem”, completa.
Marcio Machado, pesquisador e professor visitante ligado à unidade, somou considerações à fala da diretora, ressaltando que, ao estabelecer vínculos com a universidade, o fomento à cultura dos pesquisadores e da comunidade acadêmica reflete não apenas no desenvolvimento tecnológico direto, mas também em material científico para elaboração de outras pesquisas, trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses, o que acaba por alimentar uma cadeia muito maior de ciência que pode, eventualmente, servir como base para outras inovações pertinentes ao porto. “Temos a vontade e a expertise, além da disponibilidade de recursos para investimento. Estamos com tudo para começar a desenvolver muitos projetos”, completa Márcio.
Após a apresentação, o superintendente se mostrou receptivo e aberto à ideia, frisando a importância da relação entre o porto e a instituição no campo da ciência e do desenvolvimento. “É interesse nosso ter ações em conjunto com a universidade e o iTec/FURG para desenvolver sistematicamente tecnologias voltadas para o mar. Já tínhamos um carinho pela Embrapa, e, por isso, faz todo sentido nos alinharmos com a Embrapii agora”, aponta Estima.