No início de agosto, a FURG, o vice-reitor, Ednei Primel, recebeu no Gabinete da Reitoria a visita do ex-professor da Universidade de Tóquio e CEO da empresa japonesa de Energia Azul, JBEnergy, Rodolfo Gonçalves, da professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Adriane Petry e do Engenheiro da Technomar, Fabiano Rampazzo. Na ocasião, o gestor assinou um protocolo de intenções entre a Universidade e a empresa internacional, responsável por inserir a instituição no projeto que trará ao Estado a sua primeira offshore eólica.
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Chamado de Aura Sul Wind, o projeto busca trazer ao Estado o primeiro piloto brasileiro de energia eólica offshore flutuante. A iniciativa prevê a instalação de uma plataforma em águas profundas próximas ao Porto de Rio Grande, e, até 2030, planeja ter dado início à fase de testes.
“A FURG, agora inserida nesse contexto, vai, dentro do seu quadro de professores e pesquisadores, oportunizar para áreas que tenham as competências englobadas pelo projeto a inserção nessa rede. E não só isso, essa interação vai criar outra série de possibilidades para estágios, desenvolvimento de dissertações e teses, além de projetos de pesquisa nas diversas áreas de atuação da Universidade”, explica o vice-reitor.
Ainda segundo Ednei, esse é um projeto desafiador e que vai demandar uma rede que trabalhe de forma integrada e colaborativa para poder proporcionar o avanço necessário. Ao todo, compõem o consórcio dez empresas, incluindo a Portos RS e a Technomar Engenharia, além de outros parceiros comerciais. A rede de instituições de ensino e pesquisa está sendo liderada pela UFRGS através do Núcleo de Integração de Estudos, Pesquisa e Inovação em Energia Eólica (NIEPIEE) liderado pela Professora Adriane Prisco Petry que já desenvolve outros projetos em parceria com a FURG.
Para Dariano, a inserção da FURG nesse projeto, além de ampliar a internacionalização da Universidade, promove uma visão mais alinhada aos tempos atuais, em que instituições de ensino e empresas precisam atuar em conjunto para encontrar soluções sustentáveis e efetivas para resolver os desafios da sociedade. “Essa aproximação marca o momento em que voltamos a enxergar com bons olhos parcerias com empresas internacionais. Além de se pautar no desenvolvimento sustentável, a solução energética proposta se insere em uma área de expertise da nossa Universidade”, aponta o secretário de Relações Internacionais.
Sobre o projeto
De acordo com informações da Portos RS, a tecnologia escolhida para o projeto se chama Raijin FOWT®, desenvolvida no Japão e baseada em estruturas modulares de concreto armado, adaptada para instalações em águas profundas. A iniciativa marca um passo inédito na estruturação da indústria brasileira de energia eólica offshore, e, por meio dessa tecnologia, permite que a montagem da estrutura seja feita em terra e transportada até o local de operação, em uma outra fase, o que otimiza custos e aprimora o processo de segurança operacional.
Com uma sequência de implementação baseada em quatro fases, ao todo estima-se um investimento na casa de 100 milhões de dólares. Além do RS, a empresa também realizará a instalação de usinas no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte com a intenção de testar a tecnologia e estimular a cadeia local.
“O Rio Grande do Sul foi escolhido pela questão dos ventos, principalmente Rio Grande, por também contar com um porto bem robusto e bem estabelecido, que além de ser uma grande referência nacional e internacional, conta com uma infraestrutura necessária para desenvolver as ações previstas, além da potência das parcerias com as universidades incluindo a FURG ”, conclui o vice-reitor.