Resgate

Cram realiza soltura de tartaruga-de-couro e pinguins na terça-feira, 19

Animais resgatados são soltos depois de passarem por tratamentos de reabilitação

Foto: Foto: Guilherme da Luz

O Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) da FURG realizou na terça-feira, 19, uma nova soltura de animais reabilitados em Rio Grande. Foram soltos ao mar seis pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) e uma tartaruga-de-couro (Dermochelys coriácea).

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Os pinguins estavam em tratamento desde o final de 2021 e início de 2022, quando foram encontrados entre o Parque Nacional da Lagoa do Peixe e a Barra do Chuí, e em situação de vulnerabilidade: magros, fracos ou com troca de penas. Os animais precisaram passar pelo processo de reabilitação, recebendo o tratamento adequado com o fluxoterapia, manejo nutricional, suplementação de vitaminas e terapias medicamentosas de acordo com a necessidade de cada um.

Passado o período de reabilitação, os pinguins realizaram testes de recondicionamento físico para se prepararem para o retorno à vida livre. O número de ocorrências desta espécie na região aumenta significativamente entre os meses de abril a setembro, devido ao processo de migração dos animais.

Já a tartaruga foi encontrada encalhada no Balneário Mostardense pela equipe do Parque Nacional da Lagoa do Peixe e encaminhada para reabilitação no Cram, na última quarta-feira, 13, pesando 220kg e contendo aproximadamente 1,5m de altura. O animal,  recentemente, entrou na lista de extinção do Ministério do Meio Ambiente, vivendo em regiões mais oceânicas afastado da costa.

A soltura ocorreu com o apoio da Praticagem da Barra do Rio Grande, que cedeu as embarcações para que a equipe do Cram pudesse chegar a quatro milhas náuticas da costa, local em que os animais puderam partir para encontrar outros de sua espécie que estão em processo de migração, para assim conseguirem concluir seu ciclo natural.

A oceanóloga Paula Canabarro reforça a importância de realizar o atendimento necessário e adequado antes que animais retornem ao seu habitat natural. “A liberação dos animais é sempre um momento de grande alegria para a nossa equipe, é aquele sentimento de trabalho cumprido e de objetivo principal da atividade alcançada”, afirma.

O Cram possui o convênio com a Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul (Portos RS) para atendimento de animais que necessitam de cuidados na região de abrangência do Estado.

Leão-Marinho-do-Sul

A equipe do Cram também está tratando de um Leão-Marinho-do-Sul (Otaria flavescens). O animal foi encontrado na sexta-feira, 15, no Clube Regatas, com duas lesões na região da cabeça e uma no corpo, todos machucados com a presença de miíases (larvas de mosca).

Durante os dias seguintes após o encontro do animal, a equipe do Cram continua o monitoramento das lesões, realizando procedimentos com medicação para tratar os machucados e combater as miíases.

Encontrou um animal marinho?
O Cram dispõe de orientações para quem venha a encontrar algum animal marinho fora do seu habitat natural ou machucado. O indicado é:
- Manter distância dos animais, respeitando um espaçamento mínimo de 5m;
- Manter afastados cachorros ou demais animais domésticos;
- Não tentar colocar os animais dentro da água;
- Não oferecer alimento ou água.

*Estagiária de Jornalismo, com supervisão de Fernando Halal

 

 

Galeria

Equipe Cram responsável pela soltura dos animais

Foto: Guilherme da Luz