COVID-19

Serviços de venda pela internet estão disponíveis de modo gratuito para comerciantes e microempresários durante a pandemia

Parceria entre FURG, Prefeitura e empresas oferece soluções digitais para pequenos negócios

Foto: Lara Nasi
A foto mostra um celular sendo segurado por duas mãos. É um plano detalhe do uso do aparelho. Com a mão direita, a pessoa que segura o aparelho está com o polegar diante de um quadrado colorido com o desenho de uma banca de vendas, em que aparece o texto "quero vender".

Pequenos comerciantes, vendedores, microempresários e trabalhadores informais podem colocar seus produtos e serviços à venda em Rio Grande, gratuitamente. Uma parceria entre a FURG, a Prefeitura Municipal do Rio Grande e empresas de software possibilita o uso da tecnologia para que os negócios locais possam operar de modo digital durante o período de distanciamento e isolamento social.

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Com foco nos pequenos negócios, as ferramentas desenvolvidas por empresas de tecnologia rio-grandinas possibilitam que o vendedor ofereça um catálogo de produtos na internet e contate o cliente ou feche a operação pelo aplicativo WhatsApp. “As pessoas foram pegas de surpresa com a pandemia e agora têm que entrar no ambiente online para vender seus produtos. O que a gente vê hoje é que é fácil para a maioria das pessoas o uso do WhatsApp”, comenta a professora Jovania Dias, uma das responsáveis pelo projeto.

São três ferramentas disponibilizadas para os interessados, duas das quais já estão em operação, o Catálogo Digital do C3, desenvolvido por ex-alunos da universidade, e a Symplus, assinada por uma empresa incubada na FURG. Nos próximos dias deve começar a operar a terceira ferramenta, a WD House. A universidade e a prefeitura estão abertas a parcerias com outras empresas que desejem oferecer suas soluções digitais, desde que de modo gratuito. Empresas interessadas podem se cadastrar neste link.

Uma das ferramentas demanda que o vendedor tenha um computador. Para as demais, pode fazer todo o gerenciamento a partir de um telefone celular com acesso à internet. Ao se cadastrar no portal da FURG e da prefeitura, o vendedor vai encontrar uma descrição de cada uma das soluções e deve indicar a plataforma que deseja usar. Mas não precisa se preocupar muito com isso, pois uma equipe da universidade vai analisar se a opção indicada é a mais apropriada para o negócio e, caso não seja, vai direcionar para outra. Após a solicitação do vendedor, a universidade entrará em contato para oferecer todo o apoio necessário para a disponibilização do negócio online.

Trabalhadores informais também podem demandar o serviço. “A pessoa que vende salgadinho, torta, pão. Quem vendia seus produtos na rua antes do coronavírus. Esses trabalhadores a gente também quer atender com essa ferramenta”, explicita a professora Jovania. A docente Gisele Simas, que também é responsável pelo projeto, explica que o objetivo é que seja fácil ao usuário.

 Assim que as empresas estiverem operando online, será feita uma relação dos negócios disponíveis para que os consumidores conheçam as opções locais para comprar online. Empresários que já operam com e-commerce também podem informar sobre seu negócio, para fazerem parte do catálogo de vendedores online, neste link

“Precisamos que as pessoas se cadastrem, para começarmos o processo. Podem até vir outras demandas que não havíamos pensado e com isso podemos ir aperfeiçoando as ferramentas”, convida a professora Gisele.

“Queremos ajudar as pessoas. Partimos da empatia, nos colocando no lugar de quem precisa vender para se manter. Por isso queremos que seja simples, fácil de usar. Estamos usando nosso conhecimento para buscar soluções” conclui Jovania.

Pessoas com conhecimentos no uso de computadores e celulares que queiram atuar como voluntárias no projeto podem entrar em contato pelo e-mail iteccorona@gmail.com.

 iTecCorona

Em parceria com outras instituições, a FURG organizou uma frente tecnológica para atuar diretamente na criação, adaptação e construção de soluções científicas e tecnológicas para o combate e prevenção do coronavírus. O grupo do iTecCorona reúne integrantes do Centro de Ciências Computacionais (C3), Escola de Engenharia (EE), Instituto de Matemática, Estatística e Física (Imef), Parque Tecnológico – Oceantec, Incubadora de Empresas de Base Tecnológica - Inovattio, e os institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) e Sul-rio-grandense (IFSul).

A equipe foi dividida em frentes de trabalho, responsáveis por atuar de forma autônoma e auto-organizada. Essas frentes foram definidas de acordo com os tipos de desafios e demandas, observando o perfil dos voluntários. São elas: desenvolvimento de equipamentos, software, analytics, ecommerce e comunicação, além de um grupo específico responsável pela interação com a comunidade.

 

Galeria

A foto mostra um computador notebook ocupando quase todo o enquadramento. Aparece uma mão sobre o teclado, à esquerda. À direita, há uma mão sobre o mouse do computador. Ao lado direito do computador aparece uma cuia de chimarrão. Na tela está escrito

Três ferramentas para venda online são oferecidas de modo gratuito para pequenos negócios

Foto: Lara Nasi