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MCTI lança Plano Decenal para a Ciência Antártica do Brasil

Proposta estabelece as diretrizes para a pesquisa brasileira no continente antártico na próxima década (2023-2032)

Foto: MCTI
Plano foi elaborado pelo MCTI, por meio do Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (Conapa), com ampla participação da comunidade científica

O Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Eduardo Secchi, representou a FURG, na última segunda-feira, 22, no lançamento do Plano Decenal para a Ciência Antártica do Brasil (2023-2032), pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O plano estabelece as diretrizes para a pesquisa brasileira no continente antártico na próxima década e foi elaborado pelo MCTI por meio do Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (Conapa) com ampla participação da comunidade científica, incluindo pesquisadores do Grupo de Oceanografia de Altas Latitudes (Goal) da FURG, para estabelecer os objetivos e os resultados esperados da pesquisa brasileira na Antártica.

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Esse novo plano ampliou de cinco para sete os programas temáticos de pesquisa. Além de Gelo e Clima, Biodiversidade Antártica, Oceano Austral, Geologia e Geofísica, Alta Atmosfera, foram adicionados os programas de Ciências Humanas e Sociais e Saúde Polar. Houve também a inclusão de um capítulo exclusivo para o Ártico, que abre a possibilidade para o desenvolvimento de pesquisas brasileiras na outra extremidade polar. O contra-almirante Marco Antônio Linhares, da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm), destacou a importância do lançamento do plano para a comunidade científica e da pesquisa que vem sendo feita na Antártica. A secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Marcia Barbosa, destacou a qualidade da ciência brasileira no Polo Sul e que, "com o Plano, iremos ousar e fazer ciência no Polo Norte".


Segundo o Pró-reitor, também pesquisador do Goal e delegado alterno do Brasil no Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica (Scar), o plano reforça o papel do  Programa Antártico Brasileiro (Proantar) como um programa de Estado, representa o arcabouço político para o Brasil se consolidar como protagonismo na ciência Antártica, dada sua relevância global e para o Brasil. "O conhecimento detalhado sobre a Antártica nos permite compreender, por exemplo, a influência das alterações climáticas naquela região sobre o nosso clima e, assim, aumentar nossa capacidade de preditiva e mitigação, com consequências socioambientais", afirma.

Financiamento de pesquisa

Durante o evento, o MCTI anunciou que, em breve, tornará público o edital, no valor de R$ 30 milhões, para financiar o próximo ciclo de pesquisa na Antártica. A ministra Luciana Santos enfatizou que este será o maior investimento em 40 anos de pesquisas brasileiras na região polar, e demonstra o comprometimento do Ministério com as atividades de pesquisa desenvolvidas no âmbito do Proantar, mais longevo programa de pesquisa do País. O protagonismo nas pesquisas Antárticas, com forte atuação de pesquisadores da FURG, permite ao Brasil estar inserido no grupo de apenas 29 nações, que são membros consultivos do Tratado da Antártica.

 

 

 

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Plano foi elaborado pelo MCTI, por meio do Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (Conapa), com ampla participação da comunidade científica

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