DADOS ATUALIZADOS

Sétimo Boletim de Acompanhamento atualiza regiões mais críticas do Rio Grande

Nas imagens do documento, apenas as áreas marcadas em vermelho terão zonas de alagamento

Na noite deste sábado, 11, o Comitê de Avaliação e Prognóstico de Eventos Extremos da FURG divulgou uma nova edição do Boletim de Acompanhamento do Fenômeno Climático que avança sobre o sul do Estado neste momento. O relatório apresenta atualizações para as áreas mais críticas do município do Rio Grande, com base nos prognósticos realizados e na medição mais recente do nível do estuário.

“Observando o sinal de variação do nível do estuário, no período das 12h até às 18h deste sábado, as taxas de elevação que foram medidas indicam para a madrugada deste domingo, 12, que o nível da lagoa vai atingir valores menores ainda dos que os observados nas últimas 24h”, explicou o professor Glauber Gonçalves, do Centro de Ciências Computacionais (C3) e um dos membros do Comitê. Esse cenário está sujeito a alterações conforme a direção e a intensidade do vento, podendo inclusive sofrer um agravamento.

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Nos parâmetros observados, o vento predominante ocorreu na direção Sudeste, cenário que se intensifica ao longo deste domingo. Essa condição promove o empilhamento das águas na margem oeste do estuário, agravando a situação na região das ilhas e nos arredores do município. No entanto, ainda que esta não seja a conjuntura ideal para o escoamento dos volumes, os fluxos de vazante em direção ao oceano registraram a cota de 19 mil metros cúbicos por segundo, o que representa um valor dez vezes acima da média.  

No linígrafo da FURG, no momento de publicação desta matéria, o nível da Lagoa dos Patos marca 2,18 m (às 20h deste sábado), o que é equivalente a uma lâmina d’água de 28 cm no rincão da Cebola. Parte desse processo foi acompanhado pela equipe de comunicação da FURG; confira aqui como funciona esta importante ferramenta.

Sobre o Boletim

No documento – disponível ao final deste texto -, apresenta-se a projeção das condições de alagamento para as diferentes regiões da cidade do Rio Grande, consideradas como as áreas mais críticas. É importante destacar que o parâmetro usado para a projeção representa um cenário de precaução, com base na enchente de 1941, acrescentando 40 centímetros no nível da água, ou seja, uma elevação total de 3,55 metros da Lagoa dos Patos.

“No nível do terreno, isso representa 1,65 metros de água acima do solo na área do Rincão da Cebola; até este momento, ainda não foi registrado uma elevação que batesse a marca de 1941, quiçá esta projeção aumentada. Portanto, este é um cenário de precaução mostrando uma situação extrema”, destacou o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação – e também membro do Comitê - Eduardo Secchi.

Faça o download da versão mais recente do Boletim a seguir. 

Boletim 07 - Comitê de Avaliação e Prognóstico de Eventos Extremos