Diversos casos de aparecimento de cobras e aranhas em Rio Grande e Pelotas vêm sendo noticiados pela mídia e redes sociais. Durante períodos de chuvas intensas e alagamentos, como os que estão ocorrendo no Rio Grande do Sul, esses animais frequentemente são desalojados e buscam abrigos em locais secos. Com isso, aumentam os encontros com cobras, lacraias e aracnídeos como aranhas e escorpiões. Após o recuo das águas, é necessário que a população esteja atenta ao manusear móveis e pertences, pois cobras e aranhas podem estar escondidos neles.

Notícias Relacionadas

Encerra na próxima segunda, 23, o período de inscrições para Processo Seletivo EaD

Curso de Relações Internacionais lança o podcast Vozes da Fronteira

Comunidade Universitária escolhe a Chapa 1 para conduzir a FURG no período 2025-2029

O alerta é do professor Daniel Loebmann, do Instituto de Ciências Biológicas da FURG. Para evitar acidentes, as orientações são:

- não mexa em buracos ou entulhos sem proteção adequada;
- Use vassouras, rodos ou pedaços de madeira para mover móveis;
- sempre use luvas e botas. Se encontrar um animal peçonhento vivo, não tente capturá-lo ou matá-lo. Chame o Corpo de Bombeiros (193), Patram (53 3235-4702) ou a Defesa Civil (53 3233-8460).

Segundo Daniel Loebmann, mais de 20 espécies de cobras ocorrem no município do Rio Grande, mas apenas a cruzeira (Bothrops alternatus) e a jararaca (Bothrops pubescens) podem causar envenenamentos graves. Já os únicos grupos de aranhas de importância médica que ocorrem na região são as armadeiras (Phoneutria spp.) e aranhas-marrom (Loxosceles spp.). "O escorpião-preto e a lacraia, frequentemente encontrados nas casas e jardins, não causam acidentes graves, embora tenham ferroada dolorosa", explica. Caso encontrado algum animal citado, é possível enviar foto para identificação pela equipe do projeto Animais Venenosos e Peçonhentos da FURG, coordenado pelo professor Adriano Cavalleri, usando o  Instagram, ou para os números 53 9926-3872 e 51 98123-7076.
Caso alguém seja picado por um animal peçonhento, é importante buscar atendimento imediato. Devido às enchentes em Rio Grande, o setor de emergência foi temporariamente alocado para o Hospital de Cardiologia e Oncologia da Santa Casa do Rio Grande (Avenida Pres. Vargas, 334 - Parque Residencial Coelho). Em Pelotas, o local de referência em casos de acidentes com esses animais é o Pronto Socorro de Pelotas (Rua Barão de Santa Tecla, 834 - Colina do Sol).