A FURG esteve representada em um dos mais importantes encontros internacionais da área de aceleradores de partículas: a 27th Ion Beam Analysis (IBA) and 19th Particle-Induced X-ray Emission (PIXE), realizada entre os dias 17 e 22 de agosto de 2025, em Montreal, no Canadá.
O trabalho apresentado, intitulado “Evaluation of the Sphagnum sp. phytoremediation by PIXE” (Avaliação da fitorremediação de Sphagnum sp. por PIXE) é desenvolvido pela mestranda Steffany Virgolino (PPGSPA/FURG SAP), sob orientação das professoras Carla Eliete Iochims dos Santos (IMEF-FURG) e Neusa F. Moura (EQA-FURG), com colaboração de pesquisadores da UFRGS e da UERGS. A apresentação no evento foi feita pela doutoranda Gabriela Touguinha, com apoio do professor Johnny Dias (ambos do IF-UFRGS).
A pesquisa busca alternativas sustentáveis para lidar com a contaminação de solos e águas por metais pesados, problema cada vez mais presente em decorrência de atividades industriais e agrícolas. O estudo analisou o potencial de absorção de contaminantes por musgos do gênero Sphagnum sp., plantas conhecidas por sua capacidade de acumulação de metais pesados em ambientes naturais.
Os experimentos, realizados no Laboratório de Implantação Iônica (LII-UFRGS), mostraram que as plantas foram capazes de absorver metais como cobalto, manganês e mercúrio, sem comprometer os níveis de nutrientes essenciais. Os resultados preliminares apontam para a possibilidade de utilização dessas plantas em processos de fitorremediação, ou seja, no tratamento natural de águas poluídas.
Segundo a professora Carla dos Santos (IMEF-FURG), a participação no evento internacional reforça a importância da colaboração entre a FURG e o IF-UFRGS e projeta a universidade para a comunidade científica global. “Esses resultados iniciais são muito promissores, mostrando que espécies como o Sphagnum sp. podem ser aliadas importantes no enfrentamento da poluição por metais pesados. Além disso, essa ação reforça o papel das mulheres em uma área estratégica e ainda com muito espaço a ser conquistado pelas pesquisadoras: a ciência dos aceleradores de partículas”, destacou.