O Grupo de Estudos em Filosofias Emergentes (Gefe), do Instituto de Educação da Universidade Federal do Rio Grande (IE/FURG), realizou ação na Escola Estadual de Ensino Fundamental 13 de Maio, com as turmas de 8º e 9º anos. A atividade faz parte do projeto de extensão "Diálogos Emergentes: Gefe na escola", iniciado neste semestre, e abordou inteligência artificial, benefícios e malefícios do uso.
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A temática foi proposta por dois graduandos, Maria Rita Peixoto Lucas, do 4º semestre de Pedagogia e Yuri Oliveira Serra, do 2º ano da Engenharia de Computação. "Comecei a pensar em uma proposta que realmente dialogasse com o momento atual — e foi aí que surgiu a ideia de trabalhar com inteligência artificial, um assunto que está em destaque na nossa sociedade. Como ainda não tinha tanto domínio sobre o tema, convidei um colega da Engenharia da Computação para desenvolvermos o trabalho juntos. Assim, unimos saberes de áreas diferentes e criamos algo muito especial", detalha Maria Rita.
Sobre a experiência, a estudante considera incrível e coloca a proposta à disposição para outras escolas. "Poder levar conhecimento, trocar ideias e aprender com os estudantes do 8º e 9º ano foi enriquecedor. Eles trouxeram perspectivas novas e contribuíram muito para o crescimento do projeto. Fiquei muito feliz em participar e espero poder continuar levando esse tema tão atual e importante para outras escolas e jovens", afirma.
A atividade foi realizada no último dia 23 e incluiu dinâmica interativa sobre o uso da inteligência artificial na geração de imagens. Yuri conta como a abordagem foi pensada pelo dois: "Nossa meta era mostrar a eles um panorama completo: os riscos atuais, as ocorrências e os impactos que a IA já causa no dia a dia, e quais são as perspectivas para o futuro com essa tecnologia. Tudo isso, unindo a visão pedagógica dela à minha perspectiva técnica, trazendo muitas notícias e curiosidades sobre o tema".
A dinâmica trabalhada deu certo. "A apresentação foi um sucesso. Digo isso porque nosso grande objetivo foi alcançado: deixar uma "semente de reflexão" em cada aluno, reforçando a importância de não deixar que as máquinas pensem por nós. Acredito que todos lá aprenderam um pouco conosco, mas, honestamente, fomos nós (eu e a Maria Rita) que saímos de lá com o real aprendizado. Foi sensacional participar. Todos foram muito receptivos, o que fez com que a apresentação fosse um verdadeiro espetáculo", considera Yuri.
Para o professor de Língua Portuguesa, Dime Anderson da Rocha Magalhães, que recepcionou o grupo, a atividade foi muito proveitosa. "Com uma ótima recepção dos estudantes, por ser um assunto atual e de extrema relevância, para que possa se ter um uso crítico e responsável da inteligência artificial desde cedo", completa.
O professor revela que a atividade coincidiu com os estudos que estavam sendo feitos em sala de aula e já espera novas atividades do grupo, com outras temáticas relevantes para a sociedade. "A forma como a oficina foi conduzida foi muito adequada, próxima dos estudantes, com uma dinâmica e uma prática bem relevante, construtiva e muito bem aceita por eles, o que torna o evento brilhante. Exemplo disso, foi quando os estudantes interagiram com as práticas e se sentiram à vontade para colocar as suas opiniões tanto positivas, quanto negativas, da ferramenta tecnológica", diz.
Sobre o projeto
Coordenadora do projeto junto com o professor Filipi Vieira Amorim, a professora Neyha Guedes Dariva explica que o Diálogos Emergentes acolhe estudantes de graduação e pós-graduação de várias áreas do conhecimento e cada edição segue uma proposta, com temáticas. "O projeto de extensão é uma braço do grupo de estudos e tem como propósito estimular uma conversa entre os estudantes da FURG e alunos da escola básica, em especial das escolas públicas aqui de Rio Grande".
Quanto ao funcionamento, relata como são definidas as atividades: "Ou os estudantes da FURG inscrevem uma proposta de temática e encontramos escolas parceiras ou a própria escola nos solicita uma temática e tentamos encontrar discentes dispostos a desenvolver uma atividade".
Depois dessa etapa inicial, a proposta é trabalhada internamente até chegar às escolas no formato de palestra, roda de conversa ou oficina. Interessados podem obter mais informações pelo perfil do grupo no Instagram.