A exposição "Anima: Mulheres em Movimento", por Célia Pereira, terá abertura oficial nesta terça-feira, 22, às 17h, no Átrio do Prédio das Artes, no Campus Carreiros da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). A exposição apresenta um conjunto de séries fotográficas que revelam, sob o olhar atento e sensível de Célia Pereira (Celinha), a força vital que impulsiona a presença e o protagonismo feminino na cultura, na luta e na economia do Brasil.
A visitação ao público estará aberta de 23 de julho a 12 de setembro. Anima - noção de alma e essência feminina, aquilo que move, que dá vida, espírito e sentido - é na exposição representada pelo movimento contínuo das mulheres em diferentes territórios e frentes de atuação.
A exposição reúne o olhar sensível e político da arte-educadora, arqueóloga e especialista em Patrimônio Cultural sobre o protagonismo feminino, em três momentos de sua trajetória: a diversidade cultural brasileira registrada nas Teias da Cultura, em São Paulo (2006), Belo Horizonte (2007), Brasília (2008) e Fortaleza (2010); a força das mulheres em lutas sociais - manifestações "Ele Não", "8M", "Marielle Vive" e "Em Defesa da Educação" entre 2016 e 2025; e o trabalho das feirantes do Cassino em Rio Grande (2017, 2024-2025), sua resistência econômica e criativa.
A exposição é organizada pela equipe do projeto de extensão e cultura DAQUI Expoartes, numa realização do Curso de Artes Visuais - Bacharelado, com apoio do Instituto de Letras e Artes (ILA/FURG) e Diretoria de Arte e Cultura da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (DAC/Proexc/FURG).
Sobre a artista
A artista visual e arte educadora registra com sensibilidade o protagonismo feminino em diferentes contextos culturais e sociais do Brasil. Em Brasilidades, documenta as cinco edições das Teias da Cultura, revelando a diversidade das manifestações populares. Nos projetos Mulheres e Lutas e Mulheres Feirantes (desde 2017), destaca a atuação das mulheres em movimentos sociais e na economia local, especialmente na Feira do Produtor do Cassino, em Rio Grande (RS). Seu trabalho traz à tona um Brasil plural, visto por uma lente engajada e afetiva.
Sua fotografia documental, iniciada nos anos 1980 - quando era estudante da primeira turma de licenciatura plena em Artes Visuais da FURG - dialoga com a memória e a poesia. Sua primeira exposição ocorreu nos anos 90, sobre o olhar de um prédio histórico em processo de demolição em Rio Grande.
Desde 2023, a artista desenvolve colagens em um coletivo feminino inspirado no 8 de março. Dentro dessa poética, Célia configura e reconstroi imagens de mulheres através de recortes de imagens e plantas, mesclando tradição e contemporaneidade em sua prática como fotógrafa e artista.
Mãe, avó e gestora do Ponto de Cultura ArtEstação, Celinha também atua no coletivo [PHOTO]dErivA, criando fotolivros e livros artesanais. Sua obra é um convite a enxergar o feminino como território de luta, afeto e transformação – seja na rua, na feira ou nas sobreposições dos recortes que reinventam corpos e narrativas.
Saiba mais sobre a artista nas redes: @celiapereira_cepelinha, @asas_colagens, facebook.com/entretextoseimagens