46ª Feira do Livro

Minha história com a feira: Mário Junges

Projeto inspirado pelo tema da feira deste ano convida o público a compartilhar suas vivências

Foto: Fernando Halal/Secom

“Um passado de memórias, um futuro de histórias”. O tema que a FURG escolheu para marcar as comemorações de seu cinquentenário inspira o projeto que a Secretaria de Comunicação (Secom) apresenta nesta edição do evento. A série Minha história com a feira registra relatos de visitantes da 46ª Feira do Livro sobre suas vivências significativas com esse lugar especial que há 40 anos faz parte da vida da universidade. 

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Mário Junges – 70 anos

Eu entrei na FURG em 1974. Naquela época estávamos em plena ditadura militar e havia muitas dificuldades de se manifestar. Eu estava na primeira edição da feira em 1979, mas não era aqui na praça Dídio Duhá. A feira na Avenida Rio Grande tinha bem menos expositores, era menor. Muito porque era o começo. A feira cresceu muito desde então. Eu não vi todas as feiras, saí de Rio Grande em 2004 para trabalhar em outra universidade, mas em fevereiro vinha aqui visitar.

“Sou um apaixonado pela literatura. Prefiro os clássicos”

Eu sou apaixonado pela literatura, eu leio bastante. Em 2018 eu li alguns clássicos que me deixaram, assim, emocionado. Eu li Os Sertões, porque me incomodava ouvir falar de Canudos e não entender a história. Uma releitura que fiz no ano passado também foi Dom Quixote, que é fantástico. Muito, muito bom. Eu prefiro os clássicos. Terminei de ler na semana passada O Alienista, de Machado de Assis, que me encantou.

“As pessoas passam [na feira] e se veem, estão se mostrando receptivas”

É a primeira vez que a Aprofurg tem um estande na Feira do Livro. Isso é muito importante porque a conjuntura do momento é completamente contrária aos trabalhadores e nós precisamos oferecer uma resistência. Estamos aí mostrando pensamentos de resistência. As pessoas passam e se veem, se enxergam, estão se mostrando muito receptivas porque se aperceberam da dificuldade que vamos passar para manter um equilíbrio na universidade.

A universidade está num grande momento de desafio. Não pode mais se fechar sobre si mesma como uma ostra, um caracol dentro da sua casinha. A universidade precisa se mostrar para a comunidade para que a população possa perceber que a universidade é muito importante.

Estou dentro da FURG como aposentado da Escola de Química e Alimentos, participo da Aprofurg como um professor que se apercebeu que precisa voltar. Estou muito ativo e participo de todos os movimentos, me reunindo com a gestão da universidade e a direção da Aprofurg, e discutimos soluções para a FURG como um todo, com apoio da Aptafurg e outros movimentos sociais aqui do município do Rio Grande.

 

Galeria

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