ACESSO E PERMANÊNCIA

Coletivo de Estudantes e Prae constroem II Encontro Nacional de Estudantes Quilombolas

Evento debate acerca de questões voltadas para as políticas de ações afirmativas na universidade

Foto: Divulgação

 Na última semana, de 11 e 13 de outubro de 2019, aconteceu na Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas - UFPel, o II Encontro Nacional de Estudantes Quilombolas. O evento foi organizado pelos coletivos de estudantes quilombolas da UFPel e da FURG e pelas duas instituições, em parceria. Na oportunidade, os representantes da universidade participaram ativamente em rodas de conversa, mesas, apresentações culturais e grupos de discussão que dão à iniciativa o caráter de um espaço de diálogo, luta e fortalecimento de identidade.

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Na oportunidade, a Pró-reitora de Assuntos Estudantis Daiane Gautério e a Coordenadora de Atenção ao Estudante de SLS, Ana Paula Grellert, no primeiro dia, participaram de uma das mesas, intitulada: Acesso, permanência e Vínculo Acadêmico dos Estudantes Quilombolas. No segundo dia, a pedagoga da Prae, da Coordenação de Ações Afirmativas - CAAF, Keli Avila, foi mediadora no grupo de trabalho sobre educação.

O Evento

O II Encontro Nacional dos Estudantes Quilombolas (Eneq) é a continuidade do movimento iniciado com a realização da primeira edição, cuja temática foi: “Estudantes Quilombolas na Trincheira de Luta: Permanência e (R)existência”, realizado no maior quilombo do Brasil - Kalunga, na cidade de Cavalcante, em Goiás. Organizado pelos estudantes quilombolas da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Universidade de Brasília (UNB). O Eneq teve como objetivo voltar à comunidade, para que a partir dela e de seus conhecimentos ancestrais se pensassem em saúde, educação inclusiva, políticas de permanências e a interlocução com o direito à terra.

Nesse viés, assim como os demais estados brasileiros, o Rio Grande do Sul foi alicerçado economicamente por meio de mão de obra escravizada e até os dias atuais reflete as consequências sociais (exclusão e marginalização) pela falta de políticas públicas voltadas para o combate e reparação da violência escravagista. Partindo desse entendimento, objetivou-se pensar espaços formativos de conversas, debates, de construção e de formação para o combate às opressões e aos constantes retrocessos nas políticas de acesso e permanência na universidade. Na mesma lógica, debateu-se acerca do direito à terra e sua importância para a sobrevivência e resistência dos quilombos, de modo a possibilitar uma interlocução entre as comunidades quilombolas, as universidades, as comunidades periféricas, os movimentos sociais e os setores institucionais.

Assunto: Eventos