COMPUTAÇÃO

Bate-papo sobre ensino e interação social por IA aliados a jogos marcaram a manhã do terceiro dia de eventos da SBC na FURG

Pesquisadores internacionais apresentaram parte de seus trabalhos no início desta quarta-feira, 8

Foto: Foto:Leonardo Gaubert / Secom

 Três palestras de destaque marcaram a manhã do terceiro dia de eventos da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) no Cidec-sul da FURG. Na oportunidade, os professores Bill Kapralos (Ontario Tech University), Rogerio Feris (MIT-IBM), e Ellis Bartholomeus (University of Amsterdam), abordaram temáticas como à compreensão e análise de dados sintéticos por inteligência artificial (IA) e ambientes virtuais multimodais; confira mais detalhes a seguir.

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A primeira palestra foi ministrada pelo professor Bill Kapralos e trata sobre as tecnologias imersivas, com a capacidade de envolver usuários de todas as idades. O aumento contínuo do poder de processamento, a diminuição do tamanho e a diminuição do custo das tecnologias imersivas ao nível do consumidor ajudaram a avançar a adoção nos últimos anos. Dentro dos investigadores da área da saúde, os profissionais médicos e educadores estão a encontrar formas inovadoras de aproveitar tecnologias imersivas e transformar o ensino e a prática da saúde; isso só se acelerou devido à mudança para a aprendizagem remota para facilitar os encerramentos devido à covid-19. A ação se propôs a fornecer uma noção geral da aplicação de tecnologias imersivas na educação médica.

A palestra também deu ênfase para os benefícios e as limitações das tecnologias existentes e nas várias demandas sociais que devem ser abordadas antes que a aplicação de tecnologias imersivas se torne mais difundida.

Bill Kapralos, é um professor associado do programa de desenvolvimento de jogos e mídia interativa na Ontario Tech University e líder técnico do Laboratório Colaborativo de Interação Humana Imersiva do Sunnybrook Health Sciences Centre em Toronto. Seus atuais interesses de pesquisa incluem: tecnologias imersivas, jogos sérios, ambientes virtuais multimodais e som espacial, recentemente recebeu uma bolsa da Diáspora Grega.

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Rogerio Feris, principal cientista e manager do MIT-IBM Watson Al Lab, foi o responsável pela segunda palestra destacada do dia. Ele é amplamente interessado em ensinar máquinas a ver, ouvir e ler, com pouca ou nenhuma supervisão, semelhante ao comportamento padrão dos humanos. Em particular, o seu trabalho de investigação tem sido centrado na eficiência dos dados, eficiência do modelo e métodos de percepção multimodal que combinam visão, som/fala e linguagem.

Ele também é interessado em realizar pesquisas fundamentais, bem como por desenvolver sistemas que causem impacto no mundo real. Seu trabalho não foi apenas publicado nas principais conferências de lA, mas também foi integrado em vários produtos e noticiado por meios veículos como New York Times, ABC News e CBS 60 minutos.

Sua palestra teve como título, “Aprendendo com dados reais e irreais na era dos modelos básicos”, nela destacou o pré-treinamento de grandes modelos de linguagem e visão em conjuntos de dados em grande escala levou a grandes avanços em IA, embora acompanhado de deficiências relacionadas à privacidade, direitos de uso, proteção de dados, preconceitos e questões éticas.

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A terceira e última palestrante é Ellis Bartholomeus, professora da University of Amsterdam. Como designer de produtos, percebeu que para fazer com que o público se apropriasse de uma mensagem, era necessário gerar interação. Desde então, Ellis vem projetado jogos como uma ferramenta para amplificar a aprendizagem autodidata, possibilitando uma interação social rica. Exemplos disso incluem a preservação da vida selvagem em escala global, o uso de jogos como uma ferramenta de pesquisa para envolver um público amplo e até mesmo transformar jogadores em treinadores de IA para desmistificar os oceanos.

A palestra, “Apply play - to get ahead of the game”, abordou a magia dos jogos, em encontrar uma linguagem comum e definições. Especialistas em jogos estão colaborando junto à Ellis e várias universidades e empresas para construir um corpo de conhecimento sobre jogos e brincadeiras como uma ferramenta.

*Estagiário sob supervisão do jornalista Hiago Reisdoerfer

 

 

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Pesquisadores internacionais apresentaram parte de seus trabalhos no início desta quarta-feira, 8

Foto: Leonardo Gaubert / Secom