FURG promove debate sobre Novas Diretrizes Curriculares para Formação de professores

As Novas Diretrizes Curriculares para Formação Inicial e Continuada de Professores entraram em vigor em julho de 2015, incidindo diretamente sobre os itinerários formativos dos cursos de licenciatura e de formação continuada. Para refletir sobre esse contexto, a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) promoveu na manhã de quarta-feira (12), no Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro e Oceânico do Extremo Sul (Cidec-Sul), o seminário “As Novas Diretrizes Curriculares para Formação Inicial e Continuada de Professores", com a participação das professoras Helena Freitas e Dirce Zan, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Na abertura do evento, a reitora da FURG, Cleuza Dias, saudou a participação dos estudantes e ressaltou a importância das discussões sobre as novas diretrizes para a formação de professores. A atividade, promovida pelo Programa de Formação Continuada na Área Pedagógica (Profocap), da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc), integra as ações comemorativas dos 46 anos da FURG. Durante o seminário, com a mediação de Sabrina Barreto, as professoras Helena Freitas e Dirce Zan problematizaram os avanços e contradições das novas diretrizes curriculares. Entre as discussões, amparadas nas reflexões de Zygmunt Bauman, está o posicionamento da educação, em um contexto saturado de informações, como um processo de abertura mental. Nesse contexto, Dirce defendeu políticas públicas concretas de valorização do professor e uma formação que possibilite experiências culturais, para que o profissional possa construir uma visão ampla sobre o contexto em que está inserido. “A valorização do professor é 50% da de outros graduados”, afirma, em referência aos vencimentos da profissão. Na mesma linha de pensamento, Helena advogou pela implementação do piso salarial e pelo estabelecimento de políticas que permitam a dedicação dos professores a uma só escola, a adequação de estruturas e o envolvimento com atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Não é só o aspecto cognitivo da formação”, salienta. Em um contexto ideal, o professor, nessa perspectiva, dedicaria parcialmente seu tempo de trabalho à sala de aula. O restante seria destinado ao acompanhamento pedagógico de grupos de estudantes. Para tanto, haveria a necessidade de uma formação mais ampla, que envolvesse, por exemplo, aspectos estéticos, para o trabalho com a educação de diversas formas, em vez de promover o isolamento do profissional em disciplinas específicas.

 

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