Necessidades de investimentos na formação de recursos humanos foi tema de destaque no último dia oficial da Conferência Internacional em tecnologias Naval e Offshore: Ciência e Iovação - Navtec, durante a manhã de hoje. A questão foi uma das principais preocupações do Painel Desafios Tecnológicos Naval e offshore. Participaram do painel o presidente da Associação Brasileira de Construção Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça; o vice-presidente de Construções (Estaleiro Rio Grande RS) (ECOVIX Engevix Construções Oceânicas S/A), Ivo Dworschak; o diretor-geral da Quip S.A, Miguelangelo Thomé; o assistente de diretoria no estaleiro EISA (Estaleiro Ilha S.A), William Cipriano; o vice-presidente da Abenav e presidente do Estaleiro EBR, Alberto Padilha; o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (SOBENA), Floriano Martins Pires e o gerente de tecnologia de engenharia oceânica/ Petrobrás, Mauro Costa de Oliveira.
Floriano Martins Pires destaca que o recurso humano tem que ser a prioridade na construção naval. Com o perfil de trabalhadores que se tem hoje é possível passar por esse momento de transição que a construção naval vive. Já para uma segunda fase será preciso a formação de novos profissionais, salientou.
Diferente do cenário brasileiro da indústria naval no passado, quando o período de desenvolvimento foi curto, a expectativa é que a retomada da construção naval e offshore seja um período de longevidade, projetado em 25 anos. Para Mauro Costa de Oliveira, a área é desafiadora, com oportunidades de carreira, uma vez que as demandas do mercado serão ativas nos mais diferentes setores.
Diante do desafio da formação de profissionais, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da FURG, Danilo Giroldo ressalta a importância da inserção de outras áreas do conhecimento como as de ciências humanas e biológicas neste processo, com o intuito de contribuir para o universo tecnológico da indústria naval. A educação deve ser vista de uma forma sistêmica pois somente assim será possível a formação de uma massa crítica capaz de atender a demanda tecnológica que o país está vivendo.