O Ministério da Saúde publicou a nova revisão da Portaria de Potabilidade da Água (nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011), que traz a inclusão como parâmetro obrigatório de análises as toxinas paralíticas (saxitoxinas) nas águas de abastecimento público do país. Isso foi possível com a ajuda dos dados obtidos no Brasil nos últimos dez anos pelo Programa Agilização do Gerenciamento e Utilização de Águas com Algas Nocivas (Aguaan) da FURG. Os resultados estarão sendo divulgados no número especial da Revista "Epidemiologia e Saúde".

A Portaria contém, ao mesmo tempo, diversos avanços em relação à anterior, de 2004, como também simplificações no que tange ao monitoramento de cianobactérias e cianotoxinas. O site www.cianobacterias.furg.br possui mais informações.

De acordo com o coordenador da Unidade de Pesquisa em Cianobactérias (UPC), professor doutor João Sarkis Yunes, o aspecto mais importante foi a confirmação do papel destacado dos trabalhos feitos em nível de Extensão e Pesquisa acadêmicas na universidade pública brasileira. Também indica que os resultados estão sendo utilizados diretamente para melhorar a vida dos brasileiros, enfatiza.

Programa

O Aguaan é um programa de cooperação entre a UPC da FURG e as empresas de saneamento de níveis estadual, a Corsan (Rio Grande do Sul), e municipais, o Dmae (Porto Alegre), Sanep (Pelotas) e Daeb (Bagé). Foi implantado no final de 1999 com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (Fapergs) com o objetivo de criar uma política para a tomada de decisões quando os mananciais apresentam-se impactados por cianobactérias nocivas. Mais tarde o programa teve a adesão do Samae (Caxias do Sul) e da Sanepar (Paraná).