Simpósio sobre tuberculose indica avanços e barreiras no tratamento

Durante dois dias, nesta sexta-feira (2) e no sábado, palestras estarão sendo realizadas no anfiteatro da Área Acadêmica do Hospital Universitário (HU). É o Simpósio Internacional de Tuberculose: Avanços e Desafios no Século XXI, promoção da FURG, através da Faculdade de Medicina (Famed) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), com o apoio do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).

Na abertura, na manhã desta sexta, o presidente do evento, professor doutor Pedro Eduardo Almeida da Silva, enalteceu a importância do Simpósio e destacou a parceria para a sua realização. A coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, professora doutora Ana Luiza Baisch, apresentou alguns dados sobre a doença e disse que o evento se justifica por essas informações.

A diretora da Famed, professora doutora Sandra Brandão, ressaltou que os participantes poderão enriquecer os seus conhecimentos sobre a doença, e a contribuição que os palestrantes nacionais e internacionais trarão será preciosa. A pró-reitora de Graduação, Cleuza Dias, representou o reitor João Carlos Cousin e falou da importância do Simpósio, entendendo que a pesquisa deve ser seguida de ações.

O primeiro palestrante foi o professor Pedro da Silva, que abordou A Pesquisa e a Tecnologia como Instrumentos para Modificar o Cenário da Tuberculose. Ele apresentou alguns dados sobre a doença em Rio Grande e Pelotas. De 2006 a 2009 foram feitos 3.254 testes, sendo levado adiante a investigação em 1.556 pacientes. O total de casos confirmados chegou a 161, com um aumento da taxa de detecção de 29,32%. Em Pelotas, de 2009 até agora, foram 1.722 pessoas examinadas, com 126 casos confirmados e um aumento na taxa de detecção de 33%.

Algumas barreiras ainda a serem superadas são o entendimento pobre do potencial da pesquisa, integrar serviços com objetivos aparentemente diferentes e um passado no qual a pesquisa não retornava ao objeto pesquisado. As possíveis soluções apontadas são: aumento da integração entre diferente atores, descentralização (diagnóstico, tratamento, etc...) e qualidade do controle como ferramenta de credibilidade do serviço. A segunda palestra foi com a integrante do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), Patrícia Cafrune, representante do Ministério da Saúde.

O Simpósio continua à tarde com novas palestras. A programação completa pode ser conferida no site do evento (http://simposiotbfurg.webnode.com).

Doença

A tuberculose - chamada antigamente de "peste cinzenta", é conhecida também em português como tísica pulmonar ou "doença do peito". É uma das doenças infecciosas documentadas desde mais longa data e que continua a afligir a humanidade nos dias atuais. É causada pelo mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo-de-koch. Estima-se que a bactéria causadora tenha evoluído há 40 mil anos, a partir de outras bactérias do gênero mycobacterium.

A tuberculose é considerada uma doença socialmente determinada, pois sua ocorrência está diretamente associada à forma como se organizam os processos de produção e de reprodução social, assim como à implementação de políticas de controle da doença. Os processos de produção e reprodução estão diretamente relacionados ao modo de viver e trabalhar do indivíduo.

 

Galeria

Segunda palestra foi com Patricia Cafrune

Segunda palestra foi com Patricia Cafrune

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