Telas, fotografias, desenhos, textos, vídeos e sons. Diferentes linguagens apresentam a diversidade e riqueza culturais do Haiti na exposição Haiti arte e resistência, aberta ao público até o dia 9 de dezembro, no Cidec-Sul, Campus Carreiros da Universidade Federal do Rio Grande - FURG. Coordenada pela professora Normelia Parise, a exposição integra a programação do Geribanda Movimento de Arte e Cultura na FURG e é um relato dos três anos vividos pela professora nesse pequeno país do Caribe, onde atuou como leitora e diretora do Centro Cultural Brasil-Haiti Celso Ortega Terra [CCBH].
Normélia vivenciou, em 2010, a destruição causada por um terremoto no Haiti. O mundo comoveu-se com imagens terríveis de morte e desespero. Fotos, vídeos, documentários circulavam mostrando o horror. Eu vi o horror. Como muitos viram o horror. Como muitos o vêem cotidianamente, afirma. A exposição, porém, pretende contar outra história. Uma história, segundo a professora, de criação e criatividade, de luta e resistência a tudo o que nega a vida, de um Haiti que testemunha a capacidade do homem de resistir à desumanização através da criação do espírito.
Para a curadora da exposição, Margarida Rache, os objetos permitem conhecer aspectos da vida cultural e social do povo haitiano, expressa em temáticas que estão no cerne de sua formação, como a África, a Negritude, o Vuduísmo, a resistência e a luta contra a escravidão e o colonialismo.
A exposição é uma realização da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da FURG e deve ser levada para outros espaços. A criação gráfica é de Jairo Teixeira e a montagem ficou a cargo da Prefeitura Universitária Unidade de Carpintaria e Marcenaria. O acervo é da professora Normélia, familiares e amigos.