O estudo do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande FURG, Danilo Giroldo, pode subsidiar ações estratégicas na expansão de cursos de pós-graduação no Brasil. O estudo sobre a distribuição geográfica da pós-graduação e as suas relações com indicadores socioeconômicos no Brasil foi apresentado para o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloízio Mercadante, durante o Seminário Pós-Graduação, Inovação e a Expansão das Universidades Federais. O seminário reuniu mais de cem participantes, entre autoridades, representantes da área de pesquisa, ciência, tecnologia e inovação, reitores, pró-reitores de pesquisa e pós-graduação e convidados das Universidades Federais.
Estavam presentes no seminário os presidentes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, o vice-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), prof. Manoel Barral Netto, o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa, o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), reitor João Luiz Martins (Ufop) e o coordenador do Colégio de Pró-Reitores de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação das Ifes (Copropi) da Andifes, Hélio Leães. O seminário foi realizado pela Andifes na quarta-feira, 14, em Brasília.
O estudo realizado pelo pró-reitor teve como objetivo identificar o potencial de formação de Programas de Pós Graduação em rede ou redes de pesquisa em áreas estratégicas e também o potencial de formação de recursos humanos e de realização de projetos de pesquisa que objetivem a reversão de indicadores socioeconômicos desfavoráveis e/ou o desenvolvimento regional. Foram identificadas assimetrias no número de doutores e programas de pós-graduacao em todas as áreas do conhecimento entre as 137 mesorregiões brasileiras.
O resultado apontou que há um grande espaço para a expansão da Pós-Graduação para regiões ainda sem possibilidade de formação neste nível, principalmente a região Norte, e que é viável a definição de traçados de prováveis PPGs em rede a partir da análise das áreas de conhecimento em cada grande área, além da correção das assimetrias intrarregionais considerando a diferença entre as regiões metropolitanas (capitais) e
interior.
PARCERIA - O estudo apresentou alternativas às necessidades apontadas pelo ministro Mercadante durante sua palestra na sessão de abertura do seminário, sobre a estratégia que o país deve construir nas áreas de ciência, tecnologia e inovação. Mercadante demonstrou o quanto é fundamental as universidades realizarem parcerias com o setor produtivo e motivar as empresas a criarem laboratórios, investir em Inovação e Programa de Estágio Docente, desenvolver pesquisa, principalmente na área naval, e consolidar a liderança na economia do conhecimento.
Ao final da apresentação, o pró-reitor foi convidado pelo ministro Mercadante a participar de reunião com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e todos os presidentes das agências ligadas ao Ministério, para os quais apresentou o estudo. Ficou acertada parceria com o CGEE, que atua na promoção e realização de estudos e pesquisas prospectivas de alto nível na área de ciência e tecnologia e suas relações com setores produtivos, para complementar e publicar o estudo. As reuniões de trabalho devem iniciar em breve. Para o início de outubro, ficou acertada reunião na Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), interessada na metodologia do estudo.
Participaram da equipe de elaboração do estudo o prof. msc. Allan de Oliveira (Instituto Federal de Educação do RS, Campus Rio Grande), Maria Helena Machado de Moraes (mestranda em Educação em Ciências/FURG), Valério Machado (graduando em Geografia/FURG), além das estudantes do curso de Geoprocessamento do IFRS Campus Rio Grande, Odara Da Cas Ruy e Nicole Munhoz Alberti.
A apresentação do prof. Danilo Giroldo e reportagem relativa ao estudo, veiculada no site do Ministério, estão disponíveis abaixo.
Arquivos