Comitiva pernambucana conhece projeto da FURG

Uma comitiva pernambucana esteve nesta quinta-feira (15) na Universidade Federal do Rio Grande - FURG para conhecer o projeto de geração biológica de eletricidade, ou seja,o aproveitamento da lama das dragagens realizadas no porto. Integrantes do governo de Pernambuco, empresários e representantes do Complexo Portuário de Suape e da Universidade Federal de Pernambuco formaram a comitiva com cerca de 30 pessoas. A iniciativa promete futuras parcerias.

Os visitantes foram recebidos no miniauditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia IFRS. A presença do grupo em Rio Grande é a retribuição de visita feita por comitiva gaúcha em julho deste ano, ao Estado nordestino. Por cerca de duas horas, eles conheceram um pouco do Município e da Universidade Federal do Rio Grande. Mas o grande motivo da visita foi ver de perto o projeto realizado por professores da Escola de Química e Alimentos EQA o aproveitamento da lama dragada do canal do Porto para geração de energia elétrica.

O projeto foi apresentado pelos autores da pesquisa. Segundo os professores Fabricio Santana e Cristiane Ogrodowski, a iniciativa se utiliza de microorganismos presentes na lama para a geração da energia elétrica. Hoje, a pesquisa é feita em parceria com o governo do Estado e o Porto do Rio Grande. Mas, de acordo com os visitantes pernambucanos, a descoberta feita no Sul do País pode resultar em um futuro trabalho conjunto da FURG com a UFPE, além do porto pernambucano. Suape hoje também procura procura uma alternativa para os sedimentos retirados das dragagens realizadas no local.

O diretor do porto de Suape Silvio Leimig diz que lá, deve ser gasto, este ano, R$ 1 bilhão na ampliação e criação do segundo canal de navegação. Um dos problemas, afirma Leimig, é o material que resulta desta operação - quase sempre jogado em alto mar e só para fazer isso já existe um custo alto. A pesquisa feita pela FURG gera não apenas energia, mas também dinheiro, diz o diretor. Ele ainda destacou que ver in loco o projeto é uma forma de ter uma visão mais técnica de como ele é executado, além de ser uma possibilidade de aproximar o relacionamento entre Rio Grande do Sul e Pernambuco por meio desta iniciativa, já que existem similaridades entre os pólos navais dos dois Estados. (Alessandra Senna)

 

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Profs. Cristiane Ogrodowski e Fabricio Santana explicam o processo

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