Depois de um período de três meses de reabilitação, 46 pinguins de Magalhães foram liberados pelo Centro de Recuperação de Animais Marinhos da Universidade Federal do Rio Grande FURG (Cram/FURG). Os animais são parte do grupo encontrado coberto por óleo no litoral gaúcho durante o período de migração entre o Polo Sul e o litoral fluminense em busca de alimento.
A maior parte foi encontrada, no mês de junho, no Parque da Lagoa do Peixe, em Mostardas, pelos técnicos que atuam no local. De acordo com o veterinário do Cram/FURG, Rodolfo da Silva, os animais passaram por todos os procedimentos até atingirem o peso ideal para serem devolvidos ao habitat natural. O diretor do Centro e do Museu Oceanográfico da FURG, Lauro Barcellos, destacou que a ação é resultado da ajuda de cerca de 300 voluntários de todo país, num trabalho único que é exemplo na recuperação de animais marinhos e só encontra semelhante na Califórnia.
O próximo grupo de pinguins reabilitados será liberado no dia 10 de setembro. A recuperação foi um trabalho conjunto com o Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). A liberação dos animais contou com apoio do 6º Grupo de Artilharia de Campanha (6º GAC).
Além dos pinguins foram liberados um filhote de lobo marinho, uma tartaruga de pente e uma tartaruga verde, que também estavam no Cram/FURG para recuperação.