Os professores Paulo Cesar Abreu, do Instituto de Oceanografia, Marcelo Montes D'Oca e Edinei Primel, ambos da Escola de Química e Alimentos, tiveram aprovada uma patente no "United States Patent and Trademark Office" relativa ao uso de microalgas para depuração de poluentes em água de produção de petróleo. A pesquisa que gerou este processo foi desenvolvida na Universidade Federal do Rio Grande FURG, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), para o Centro de Pesquisas (Cenpes) da Petrobras. Esse mesmo processo já foi patenteado pela Petrobras no Brasil em 2008 e na Comunidade Européia em 2009.
O projeto foi realizado entre os anos de 2005 e 2008 e envolveu a descoberta de três espécies de microalgas que resistem à água de produção. A técnica consiste em cultivar a alga, que absorve naturalmente o poluente, tratando a água a ser descartada na região costeira. Conforme o prof. Paulo Cesar Abreu, isso garante a redução de custos na limpeza da água de produção, processo antes realizado por tratamento químico. Ele conta que, com os resultados da pesquisa, a Petrobras está construindo uma planta piloto em Rio Grande do Norte. Para cultivar microalgas em água de produção a partir da tecnologia que desenvolvemos aqui, reforça.
Sobre o potencial da microalga, o professor destaca ainda que, além de absorver o poluente, é utilizada para produzir biocombustível.