Novas tartarugas chegam ao Cram para recuperação

Em cerca de duas semanas foram localizados 32 animais na costa gaúcha

Equipes do Museu Oceanográfico da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema) encontraram 32 tartarugas marinhas das espécies verde e de pente debilitadas na costa do Rio Grande do Sul nas últimas duas semanas. Os animais foram levados para o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram/FURG).

De acordo com o diretor do Museu Oceanográfico, Lauro Barcellos, as tartarugas foram encontradas de Mostardas ao Chuí. O principal responsável por essa situação é o lixo jogado no recursos hídricos, seja no mar, nos rios ou nas lagoas. Os animais confundem os materiais descartáveis com alimentos e os ingerem, informa. No Cram/FURG existem cordas de nylon, pedaços de plástico e até partes de bexigas (balões) usadas para o enfeite de aniversário de crianças, por exemplo, retirados de dentro dos animais.

Barcellos fica indignado com a atitude do homem que prejudica os animais marinhos. Isso é uma irresponsabilidade, é preciso haver conscientização ambiental, aponta. Ocorrências como essas têm sido comuns nos monitoramentos ao longo da costa gaúcha.

O veterinário do Cram/FURG, Rodolfo Silva, explica que, dependendo da situação em que chegam para tratamento, é feita a hidratação e aplicado óleo mineral para que o material ingerido seja expelido. A resposta a essas ações varia e o tempo de recuperação também, afirma.

Tão logo chegam no Centro, as tartarugas são pesadas e medidas. Essas atitudes são primordiais para definir que tipo de tratamento vai ser dispensado. O trabalho no Cram/FURG é realizado por veterinários e biólogos.

 

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Animas são pesados e medidos

Animas são pesados e medidos

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