Transmissão simultânea exalta investimentos nas universidades federais

A inauguração pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação Fernando Haddad, de novas instalações nas Universidades Federais do Rio Grande (Rio Grande), de Santa Maria (UFSM), Porto Alegre (Ufrgs) e o campus de Dom Pedrito da Unipampa destacou os investimentos nos últimos oito anos em educação superior no país. Em Rio Grande, a solenidade na manhã desta sexta-feira marcou a entrega para a comunidade de quatro obras: o Pavilhão de salas de aula 1, o Centro de Estudos dos Oceanos e Clima (Ceocean), o Centro de Microscopia Eletrônica e o prédio do Curso de Psicologia.

Em transmissão simultânea para as quatro universidades gaúchas, gerada pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no saguão do Cidec-Sul, o evento foi prestigiado por autoridades e representantes da comunidade, servidores e estudantes da FURG. Nas falas previstas para Rio Grande, o estudante Alexandre Eslabão Bandeira deu o testemunho do sucesso das políticas de assistência estudantil inauguradas por Lula. De origem humilde e único na família a ingressar numa Universidade, só permaneceu na Instituição por meio de bolsas de auxílio e muito trabalho. Com 10 anos de trajetória na FURG entre graduação e pós-graduação, destacou a situação precária em que as universidades federais se encontravam na época do ingresso na graduação em Geografia, em 2003, em que faltava até giz na sala de aula, em contraste com a situação atual.

O reitor João Carlos Brahm Cousin iniciou seu discurso ressaltando as mudanças proporcionadas para as universidades federais no período do governo Lula, que ficará para a história como o que mais investiu em educação. Lembrou os três campi em Rio Grande e a expansão regional com os campi de Santo Antônio da Patrulha, São Lourenço do Sul e Santa Vitória do Palmar como reflexo dessa política. Aqui na FURG estamos em processo de plena revolução, em todas as dimensões, dobrando o número de estudantes e com mais de 30 frentes de ampliação, afirmou, referindo-se às diversas obras em andamento na Instituição. Ao finalizar, lembrou o ano de 2008, quando o presidente Lula esteve na FURG. Já anunciávamos esse crescimento e inclusive entregamos em mãos ao presidente o projeto do Oceanário Brasil, já em andamento, e que junto ao pólo naval mudará a realidade de Rio Grande e da nossa querida metade sul do Estado.

Descerraram a placa de inauguração das obras, o reitor João Carlos Cousin, o estudante Alexandre Eslabão Bandeira, o representante dos servidores Rudnei Greque da Silva, o vice-reitor Ernesto Luiz Casares Pinto e o prefeito municipal do Rio Grande Fábio de Oliveira Branco.

De Santa Maria, Fernando Haddad lembrou não ter testemunhado, na trajetória de 30 anos inserido na realidade das universidades federais, desde o ingresso no ensino superior aos 18 anos e depois como pós-graduado e docente, um presidente da República durante o mandato e nem a poucos dias de deixar o cargo dar a palavra a estudantes e reitores. Destacou o compromisso imposto por Lula no dia da posse como ministro da Educação de um plano transformador da educação brasileira, que permitiu partir de um orçamento de menos de R$ 20 milhões e que ano que vem chegará a R$ 67 milhões, sair de 113 mil vagas de ingresso nas universidades públicas para 250 mil vagas e ampliar, em oito anos, as instituições de ensino técnico de 140 para novas 214 unidades. A participação do ministro estava prevista para ocorrer em Dom Pedrito, mas foi cancelada a última parte da viagem devido ao mau tempo.

Encerrando a solenidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez questão de lembrar como era a realidade da educação no início de seu governo. Oitenta por cento dos que queriam uma educação de qualidade não acreditavam que seria possível. Era um povo que sabia o que queria, mas tinha a convicção que seus governantes não seriam capazes de atender. Explicou que, num governo, parte da equipe se ocupa de fazer investimentos, outra de fazer a contenção de despesa para pagar as dívidas e outra é responsável pela arrecadação. Tudo vira gasto e nada é tratado como investimento, por isso, tomamos uma decisão como governo: é proibido a qualquer ministro utilizar a palavra gasto quando se tratar de investimento na educação. Ressaltou ainda outra mudança. No Brasil, presidente da República e ministro da Educação não recebiam reitores e estudantes. Vejam o absurdo: se sou presidente da República e não recebo reitores, estudantes, prefeitos, trabalhadores, para quem estou governando? Não quero ser o único, mas já consegui a primazia de ser o presidente da República que se reuniu todo ano com reitores das universidades federais, dos institutos federais, e com os estudantes, reiterou.

 

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Público prestigiou a solenidade

Público prestigiou a solenidade

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