Rio Grande tem aumento de 1,43% da cesta básica no segundo trimestre

No segundo trimestre de 2010 o valor da cesta básica em Rio Grande teve um aumento de 1,43% em relação ao primeiro trimestre, passando de R$ 425,05 (média do primeiro trimestre) para R$431,11 (média do segundo trimestre). A avaliação é do Centro Integrado de Pesquisas (CIP) da FURG.

O setor de produtos in natura apresentou uma alta significativa neste trimestre com uma variação de 6,21%, como a cebola, banana, feijão e batata inglesa, com uma variação positiva de 55,93%, 29,64%, 12,55% e 8,60%, respectivamente. No trimestre passado esse setor também teve uma alta significativa. De acordo com o CIP, que é vinculado ao Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (Iceac), no trimestre passado esse setor também teve uma alta significativa.

A chuva em demasia, desde o segundo semestre de 2009 fez com que os preços dos produtos in natura continuassem aumentando, já que afeta as áreas agrícolas prejudicando as safras, diminuindo a oferta desses produtos ao consumidor. A chuva em demasia causada pelo fenômeno El Niño está terminando. Mas existe a possibilidade de vir o fenômeno La Niña, que traz período de seca. Se os campos tiverem com lençóis dágua abastecidos pode ser uma boa noticia, mas caso não estejam, pode trazer prejuízos nas lavouras novamente.

Os preços da carne bovina e da carne de frango em alta

A carne bovina teve o preço elevado em 10,69% e a carne de frango em 2,15%. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), no primeiro semestre deste ano as exportações brasileiras de carne bovina somaram 23% mais do que o vendido no mesmo intervalo de 2009, diminuindo a oferta interna, e causando o aumento de preço ao consumidor brasileiro.

Preços do arroz e do feijão se invertem, o do arroz em queda e do feijão em alta

Depois de um longo período de queda no preço do feijão, desde o segundo trimestre de 2009, no segundo trimestre de 2010 o preço do feijão subiu, motivado pela redução da oferta do produto. As chuvas do El Ninõ foram a causa da perda de grande parte da colheita. O preço do feijão teve uma variação positiva de 12,55%.

Já o preço do arroz apresentou uma queda de 2,96% como já era previsto. A previsão de que o preço do arroz tenderia a cair nesse trimestre é explicado pelo grande volume na safra no Rio Grande do Sul e uma oferta mundial satisfatória. O setor de produtos de limpeza foi o que mais contribuiu para a queda do valor da cesta, com uma variação negativa de 3,83%, como o desinfetante e o sabão em pó, com uma variação negativa de 15,11%, e 8,71%, respectivamente.

Balneário do Cassino

No balneário do Cassino, a média do valor da cesta básica do segundo trimestre apresentou uma queda de R$ 4,53, variação negativa de 1,07%, passando de R$ 423,92 (média do primeiro trimestre) para R$ 419,38 (média do segundo trimestre). O setor de produtos in natura foi o que mais variou nesse trimestre com um aumento de 2,93%. Como a cebola, repolho e o feijão, com uma variação de 48,32%, 21,79% e 19,29%.

Já o setor de produtos de limpeza foi o que mais contribuiu para a queda do valor da cesta, com uma variação negativa de 6,71%, como o detergente líquido e o amaciante de roupas, com uma variação negativa de 16,60%, e 8,66%, respectivamente. A cerveja, bastante consumida no verão no Cassino, teve queda de preço de 19,40% em função de uma menor demanda. No segundo trimestre de 2009 houve uma variação positiva de 2,54%.

São José do Norte

Em São José do Norte, no segundo trimestre houve um aumento no valor da cesta de 0,46%, passando de R$ 402,55 (média do primeiro trimestre) para R$ 404,41 (média do segundo trimestre). O setor que apresentou maior variação positiva foi o de produtos de in natura com um percentual de 4,55%, como a cebola, a maça e o mamão, com uma variação positiva de 69,35%, 39,06% e 28,08%.

Cabe ressaltar que esse aumento do preço da cebola nas três localidades pesquisadas se dá pelo período de entressafra na região, o que leva a um aumento do preço devido à redução da oferta. Já o setor de higiene pessoal foi o que mais contribuiu para a queda do valor da cesta, como o aparelho de barbear, xampu e o papel higiênico, com uma variação negativa de 16,19%, 9,52% e 6,23%.

Inflação

Medir a evolução dos preços de produtos que fazem parte do custo da cesta básica sinalizam uma estimativa da inflação de uma determinada região, pelo menos quanto aos produtos que formam o custo, como produtos de alimentação, de higiene e de limpeza. A metodologia utilizada para o cálculo é a mesma utilizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

A cesta é composto por 51 produtos, divididos nos grupos de alimentação, higiene, limpeza e gás de cozinha. Também fazem parte dos produtos o cigarro e a cerveja. As despesas da cesta correspondem em média a uma família de três pessoas com uma faixa de renda média de 1 a 21 salários mínimos.

Abaixo, o gráfico com a evolução de preços da cesta básica no primeiro e segundo semestre.

 

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