Preço de gasolina continua elevado em Rio Grande

Rio Grande continua a apresentar um dos maiores preços de gasolina comum entre as 43 cidades pesquisadas pela Agencia Nacional de Petróleo (ANP) no Rio Grande do Sul. Pelo menos foi verificado um índice de concorrência de preços positivo em abril, atingindo o nível de 1,10%. Na prática, os preços já não estão tão alinhados quanto o verificado no mês de fevereiro. O preço médio apresentou um pequeno declínio, passando de R$ 2,84 em fevereiro para R$ 2,82 nos dois últimos meses.

De acordo com o Centro Integrado de Pesquisas (CIP) da Universidade Federal do Rio Grande, pode-se concluir que continua havendo um beneficio ao consumidor quanto à concorrência. Em relação à pesquisa anterior, não houve expressivas variações. No relatório passado Rio Grande registrava uma média do Índice Concorrencial de Preços (ICP) de 1,20% e um preço médio de R$ 2,82. Na pesquisa atual esses valores passaram para 1,10% e R$ 2,82, respectivamente.

Além disso, diz o relatório do CIP, que é vinculado ao Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (Iceac), cabe lembrar que em fevereiro o município registrava a menor concorrência entre as 43 cidades pesquisadas pelo ICP, e que já a partir de março o índice passou a ser positivo. Ou seja, o preço continua entre os maiores no Estado (terceiro, perdendo apenas para Jaguarão - R$ 2,85 e Santa Vitória do Palmar por décimos de Reais), mas notou-se uma diminuição do alinhamento de preços. Há mais concorrência.

O menor entre as cidades gaúchas pesquisas é Sapucaia do Sul, que possui o preço da gasolina a R$ 2,48. Na comparação com Rio Grande, o consumidor local gasta mais R$ 34,00 a cada 100 litros adquiridos. Com essa diferença dá para pagar, por exemplo, cinco vezes a tarifa do pedágio da região em carro de passeio. Na comparação com Caxias do Sul, a economia seria de RS 15,00. A 60 quilômetros de distância, em Pelotas, a gasolina custa R$ 2,73 na media pesquisada.

Índice

O Índice Concorrencial de Preços, criado pelo CIP/Iceac, é um instrumento pelo qual se pode averiguar a concorrência ou a não-concorrência entre os postos de combustíveis, de acordo com o nível de dispersão dos preços. Esse indicador mostra que para valores abaixo de 1% verifica-se a não-concorrência, caso em que os preços encontram-se fortemente alinhados. Para valores acima de 1% verifica-se um mercado competitivo. Portanto, quanto mais afastado do 1% positivamente for o ICP, melhor o desempenho nesse sentido.

Responsáveis

Os coordenadores do projeto de pesquisa do CIP são os professores Flávio Tósi Feijó e Tiarajú Alves de Freitas. Os bolsistas são os acadêmicos Pablo Gustavo Bohrer e

Cíntia Amaral Pinto.

 

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