Hepatite A preocupa. FURG toma medidas de prevenção

O crescente número de casos de hepatite A em Rio Grande está preocupando autoridades do setor de Saúde. Somente no posto de saúde do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente Caic, no Campus Carreiros da FURG, já foram diagnosticados mais de 100 casos de contaminação, desde os últimos dias do ano passado. Em vista disto, o reitor da FURG, João Carlos Brahm Cousin, determinou que todas as pró-reitorias estejam empenhadas em campanha de prevenção e de vacinação de estudantes e servidores, começando pelo próprio Caic, unidade mais próxima às áreas atingidas pela doença.

A maior parte dos casos está concentrada em bairros que ficam no entorno do Campus Carreiros e também da Vila da Quinta. Na manhã de segunda-feira, uma reunião no Hospital Universitário Miguel Riet Correa Junior tratou do assunto. Participaram o diretor do HU, prof. Romeu Selistre, o professor e gastroenterologista Antonio Sparvoli, a médica Márcia Almeida (que atende no posto do Caic), o diretor do Centro André Lemes e a pró-reitora de Extensão e Cultura, em exercício, Rita Patta Rache.

Os médicos sugeriram as ações de prevenção, como campanhas de esclarecimento no Campus Carreiros, através do alerta epidemiológico que a Secretaria Municipal da Saúde vem fazendo nos postos e da produção e distribuição de material informativo sobre sintomas e formas de prevenção da doença. Outra ação sugerida é a vacinação de servidores e estudantes da FURG, em especial aqueles que trabalham ou fazem estágio no Caic e nos postos de saúde das vilas Maria, Marluz, Castello Branco I e II, São João, Humaitá e arredores. As doses de vacina serão buscadas junto à Secretaria Estadual da Saúde, que está sendo contatada através da direção do HU.

LAGO - A FURG está fazendo análise química das águas dos lagos que ficam na área do Campus Carreiros. Até o momento, após duas análises, não foram encontrados problemas de balneabilidade. Deverão ser feitas cinco análises, no total, para exames dos locais. Os lagos, em dias de forte calor, são utilizados para banhos pelas crianças e jovens do entorno do campus.

Todos os bairros onde ocorre grande número de casos de hepatite A são regiões de vulnerabilidade social, sem saneamento básico, com valetas a céu aberto. As condições de higiene são essenciais na prevenção da doença.

Independente do resultado dos exames, a Administração da FURG determinou a colocação de placas junto aos lagos, a fim de sinalizar sobre a análise e que não sejam utilizados para nenhuma atividade.

O QUE É A HEPATITE A

Doença infecciosa aguda causada pelo vírus HVA, transmitido por via oral-fecal, de uma pessoa para outra ou através de alimentos ou água contaminada. Entre os alimentos destacam-se os frutos do mar e alguns vegetais.

A incidência da hepatite A é maior nos locais em que o saneamento básico é deficiente ou não existe. Uma vez infectada, a pessoa desenvolve imunidade contra esse vírus por toda a vida.

SINTOMAS

A hepatite A pode ser sintomática ou assintomática. Durante o período de incubação, em média de duas a seis semanas, os sintomas não se manifestam, mas a pessoa infectada já é capaz de transmitir o vírus.

Alguns apresentam os sintomas clássicos da infecção: febre, dores musculares, cansaço, mal-estar, inapetência, náuseas e vômitos. Depois de alguns dias, pode aparecer icterícia, as fezes ficam amarelo-esbranquiçadas e a urina escurece adquirindo tonalidade semelhante à de chá preto.

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