Professor convida comunidade acadêmica a participar de audiência sobre Plano da Bacia Hidrográfica Mirim- São Gonçalo

A audiência pública que irá debater o Plano da Bacia Hidrográfica da Lagoa Mirim e do Canal São Gonçalo irá acontecer na quinta-feira, 4, às 9h, no Centro de Convívio  Meninos do Mar (CCMar). O Plano, que está em fase de construção, possui suporte técnico do Departamento Estadual de Recursos Hídricos, e assim como algumas outras das bacias gaúchas, não possui apoio de uma empresa de consultoria. 

De acordo com o professor do Instituto de Oceanografia (IO) e representante da FURG no Comitê de Gerenciamento da Bacia Mirim-São Gonçalo, Ícaro Aronovich da Cunha, o plano estabelece diretrizes que se sobrepõem aos planos municipais de saneamento. Os critérios de outorga para uso da água e futuramente para estabelecer uma cobrança pelos usos saem deste plano. “São estabelecidas as metas de qualidade, por meio do enquadramento das águas, e os planos de ação para atingi-las, dimensionando os correspondentes investimentos necessários. Parte desses recursos já está circulando na economia, como é o caso do saneamento”, explica. 

Ainda de acordo com o representante da FURG no Comitê de Gerenciamento da Bacia Mirim-São Gonçalo, o comitê gestor da bacia hidrográfica compartilha com a Agência Nacional das Águas (ANA) a decisão de fazer um novo enquadramento das águas do estuário da Lagoa dos Patos, trabalhando sobre a base do anteriormente formalizado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam), cuja construção teve contribuição da FURG. 

O professor ressalta a importância da participação da comunidade acadêmica da FURG na audiência. “Esse é um momento importante  para o aprendizado da gestão ambiental por bacias hidrográficas. Aprendizado social que deve ser estendido aos mais diferentes grupos sociais, faixas etárias e campos de interesse especializado, pois esse primeiro plano ensina a fazer a gestão, criando e integrando as ferramentas disponíveis para tomar decisões inteligentes econômica e ecologicamente“, finaliza. 

 

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