O Coletivo de Estudantes Indígenas da FURG, com a participação da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) e a Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proexc), abriram nesta segunda-feira, 02, as comemorações do terceiro Abril Indígena na universidade. O primeiro dia de atividades teve como destaque a realização do Hino Nacional na língua Kaigang, apresentado pelo acadêmico indígena de enfermagem, Ismael Cardoso.
Conforme o acadêmico (da Faculdade de Direito Fadir) do Direito Jocemar Kaingang Cadete, o Abril indígena representa o protagonismo do Coletivo Indígena com o apoio da FURG. “O objetivo do abril indígena é em primeiro lugar trazer o histórico do povo indígena para dentro universidade. E é isso o que falta para ter mais respeito as nossas culturas, diferenças e tradições”, disse Jocemar. O estudante ressaltou ainda que a luta das Ações Afirmativas dentro da universidade servem para minimizar o desrespeito e os preconceitos.
A reitora Cleuza Maria Sobral Dias participou da abertura do Abril Indígena e destacou que “o momento é de integração, é de um trabalho coletivo, é de união”. Cleuza afirmou ser uma reitora abençoada e iluminada por ter tido a oportunidade de no ano de 2010, junto com a Prae, aprovar diante de muito trabalho a Política de Ações Afirmativas. Ressaltou ainda o privilégio vivido como reitora, no qual teve a oportunidade de outorgar o grau para os primeiros estudantes indígenas da FURG.
A pró-reitora de Assuntos Estudantis, Daiane Gautério, destacou que este é o ano em que foi possível juntar mais ações propositivas referente aos movimentos de ações afirmativas. Enfatizando que “a FURG tem atualmente 40 indígenas, com 4 etnias difentes: Kaingang, Guarani, Pankará e Fulni-ô e que a comunidade precisa reforçar essa cultura. A Prae sempre se coloca como mediadora nesse processo”, disse.
Muitas ações que estão previstas na programação acontecerão nas unidades acadêmicas dos estudantes. Temas como saúde metal, identidade, cultura, violência sofrida pela população indígena e a violência contra mulheres indígenas, serão abordados no abril indígena da FURG. A diretora de assuntos estudantis, Maria de Fátima da Silva, por sua vez, ressaltou que “tem sido um trabalho que tem muito nos ensinado e criado espaços pra que a gente possa compartilhar e aprender com a diversidade de culturas”.
Debate e almoço
O Abril Indígena ocorre nacionalmente, em todas as instituições de ensino superior que têm estudantes indígenas. No dia 10, o Coletivo Indígena promoverá um cine-debate, com exibição do documentário “Martírio”, seguido de discussões sobre o tema, no Prédio das Artes Visuais, às 18h. Toda a comunidade universitária está convidada a participar. Ainda na programação, dia 9 haverá almoço típico indígena no CTG da FURG.
Arquivos