Em Santa Vitória do Palmar, um projeto tem oportunizado aos alunos do 5º ano das escolas públicas um mergulho na história do município, por meio do estudo de seu patrimônio arquitetônico e natural.
Realizado pelo Programa de Educação Tutorial de Turismo (PET-Turismo), o Projeto de Educação Patrimonial (PEP) busca promover o envolvimento dos alunos com seu território e sua comunidade, aproximando-os da história por meio de atividades lúdicas e visitas práticas.
O projeto conta com a parceria da Secretaria de Educação de Santa Vitória do Palmar e já atendeu 17 escolas e cerca de 280 alunos. Ele é dividido em três etapas: um encontro de capacitação com os professores, atividades em sala de aula e um city tour pelo centro histórico da cidade.
Segundo a tutora do PET, professora Lígia Dalchiavon, o projeto desenvolveu uma cartilha que é utilizada em sala de aula e, posteriormente, serve como material complementar à disposição dos professores. Além disso, desde 2024, um álbum de figurinhas também foi criado para auxiliar na identificação do patrimônio arquitetônico de forma lúdica.
Como parte da terceira etapa, o city tour foi realizado na última semana e levou dezenas de crianças ao centro histórico de Santa Vitória do Palmar, curiosas em reconhecer os monumentos que pesquisaram em sala de aula. “É muito gratificante ver que eles chegam à praça reconhecendo e recordando as informações que trabalhamos em sala de aula”, reforça a professora.
Na cartilha desenvolvida pelo projeto, o patrimônio natural do município, como praias, lagoas e a diversidade biológica, também é explorado. Segundo a professora, o PEP já rendeu bons frutos no quesito identidade e preservação, uma vez que o aprendizado não fica restrito aos alunos: ele é transmitido adiante, entre familiares e amigos.
“Este projeto contribui para o sentimento de pertencimento e também para a questão da preservação, da salvaguarda, porque a gente acaba não dando importância ao que não conhece. Então, eles conhecendo, entendendo o porquê de aquele patrimônio estar ali, que história ele conta, conseguem se reconhecer e se identificar”, disse Lígia.