Após intensa articulação para a viabilidade da iniciativa, a FURG São Lourenço do Sul (FURG-SLS) realizou na última sexta-feira, 30, o primeiro encontro oficial do coral do campus. Na ocasião, a regente Silvia Zanatta realizou a classificação de vozes dos presentes, a fim de orientar os participantes acerca do naipe (que pode ser soprano, contralto, tenor ou baixo) de cada um.
Segundo Eduardo Forneck, um dos docentes que articulou a criação do coral da FURG-SLS, São Lourenço do Sul tem vocação para o canto coral, com diversos coros presentes no interior do município. Destaca, entretanto, que antes do grupo formado na FURG, não existia nenhuma iniciativa na zona urbana. “A zona urbana carece de um coral e talvez seja essa a nossa oportunidade. Nossa expectativa é grande: de muito canto, muita alegria, muita arte e muito treino de voz”, afirma.
Forneck ressalta que a ação é aberta tanto à comunidade acadêmica, como ao público em geral, e que a adesão de pessoas externas à universidade tem surpreendido. “Em todas as práticas realizadas até agora, cerca de metade do público era de fora. E a gente tem conectado mais ou menos de quinze a vinte pessoas em cada encontro”, conta.
Nas palavras da regente, Silvia Zanatta
Regente da universidade há mais de 14 anos, Silvia Zanatta é responsável por ministrar os ensaios de canto do campus São Lourenço do Sul. Ela coordena o Movimento Coral da FURG - projeto de extensão vinculado à Diretoria de Arte e Cultura (DAC) da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) – e conta que desde a concepção da ideia do Movimento, o objetivo era expandir o número de coros mantidos pela instituição de ensino. “Além de poder organizar os corais que já existiam, que na época eram dois, queríamos ir ampliando aos poucos até criar um grupo de corais que abrangesse um grande número de pessoas”, explica.
Silvia acredita que o coral no campus São Lourenço do Sul vai servir como um elemento de integração e de identificação entre a comunidade acadêmica; dar visibilidade à FURG junto à comunidade lourenciana e possibilitar a integração entre o público interno e externo da universidade. “Fico muito feliz que a gente conseguiu criar o coral no campus São Lourenço do Sul porque é a partir desse grupo que a gente está conseguindo expandir o Movimento Coral para fora da sede de Rio Grande”, diz a regente.
Ela comenta que o campus São Lourenço foi o primeiro campus regional que demonstrou interesse em criar um coro e que efetivamente se organizou para isso. “Foi a partir de uma demanda da comunidade do campus. Interessados nos procuraram e a gente se colocou à disposição. Isso fortaleceu muito o trabalho, porque é a vontade das pessoas do campus”, entende.
Para Silvia, o coral também vai ser importante porque dará vasão ao potencial de cada pessoa que estiver participando. “Todos somos capazes de criar arte e o coral é uma atividade que não exige nada além do que a disposição de tempo de estar presente nas atividades e se dedicar a elas. Só é necessário o corpo para cantar, e isso torna a atividade artística muito democrática e acessível a todos”, afirma.
Silvia acrescenta que o canto coral “é uma atividade extremamente benéfica às pessoas e benéfica também à sociedade, por ser realizada em conjunto, a partir de um trabalho coletivo”. “Cada indivíduo contribui, à sua maneira, para a construção do todo e ao mesmo tempo, esses indivíduos não perdem sua individualidade”, ressalta, explicando que a contribuição de cada pessoa é fundamental para a construção do todo e o todo interfere, da mesma forma, na construção pessoal de cada indivíduo. “Ao mesmo tempo, existe outra dualidade que é: o sentimento de coletivo está presente no coral, mas a importância individual de cada pessoa participar e comparecer também aparece”.
Silvia acredita, também, que a participação dos integrantes nos ensaios estimula o bem-estar e fortalece a saúde mental. “Às vezes, as pessoas vêm do seu dia a dia de trabalho ou de estudo com problemas na cabeça, ou cansadas, e no coral é um momento em que todo mundo pode esquecer tudo aquilo e retomar o ânimo e o otimismo”, finaliza.
Saiba como participar
Os ensaios acontecem semanalmente, sempre às sextas-feiras, das 17h às 19h, na sala 3201 do prédio 3 (Av. Marechal Floriano Peixoto, 1290) e são abertos ao público interno e externo ao campus. Não é necessário que as pessoas interessadas tenham qualquer experiência musical prévia para se envolverem no projeto. Para participar, basta fazer a inscrição no Sistema FURG.
A proposta visa oportunizar a união da música e da arte, pela compreensão das manifestações como direito humano e da necessidade destas expressões nos contextos universitários. Assim, estão entre os objetivos da ação fortalecer o desenvolvimento pessoal dos participantes e proporcionar a experiência de uma atividade coletiva. Mais informações também podem ser obtidas com a comissão organizadora, no e-mail coral.sls@furg.br
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