"Ao celebrarmos os 50 anos do curso de graduação em Enfermagem da FURG, revisitar sua trajetória é mais do que um exercício de memória, é um ato de valorização da história da Enfermagem e do papel que a instituição desempenhou na formação de profissionais e no fortalecimento da saúde na região". As palavras são da diretora da Escola de Enfermagem (EEnf), Jamila Barlem. O curso comemora meio século nesta quarta-feira, 20 de agosto.
"Ao reconstruir essa narrativa, resgatamos a memória de um grupo social situado em um espaço e tempo específicos, reconstituindo o passado a partir dos marcos e acontecimentos que moldaram seu presente", continua a diretora. Confira mais abaixo essa trajetória, narrada de forma cronológica, em um material editado pela EEnf.
As atividades celebrativas tiveram início nesta segunda, 18, com uma sessão solene na Câmara de Vereadores do Rio Grande. Na próxima sexta, 22, haverá comemoração com bolo no Anfiteatro Unidade Saúde, às 14h; à noite, ocorre um jantar por adesão na Churrascaria Leão do Parque, a partir das 19h30.
De aluno a professor: um depoimento de Cesar Francisco da Costa
Integrante da turma de formandos de 1981, o professor aposentado Cesar Francisco Silva da Costa viveu a transição de aluno para docente em uma jornada que envolveu não apenas a aquisição de conhecimento, mas também o desenvolvimento de habilidades pedagógicas e a capacidade de transmitir esse conhecimento de forma eficaz. Ele relembra os tempos de estudante e a trajetória na profissão. "Não tínhamos grandes recursos ambientais para práticas, então utilizávamos, na época, a Santa Casa do Rio Grande. Naturalmente não existia o nosso HU, tal como é hoje. Então isso já limitava um pouco as atividades, e nós reconhecíamos, na época, o grande esforço dos professores que administravam as disciplinas, grande parte deles oriundos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e que faziam um esforço sobremaneira para tentar adaptar o que eles haviam aprendido lá, com outro tipo de recurso, à nossa realidade aqui do Rio Grande", recorda.
"Tínhamos que lutar junto para a aprovação do curso diante ao MEC. E logo após a formatura, pela primeira vez refleti que, durante todo o curso da graduação, eu não tive um modelo profissional assistencial, que era a realidade da época. Então, os enfermeiros que eu conheci eram docentes. Foi a primeira constatação que eu tive de desafio na minha profissão; fui para o campo de trabalho, e o modelo que eu tinha teria que ser inventado por mim. Seguindo a trajetória, tive alguns empregos, atividades assistenciais, e em 1994, prestei concurso para o HU-FURG", destaca o aposentado.
"Então, novamente, retorno à origem. Fui aprovado, junto com vários saudosos colegas, e começamos a exercer já no HU, tal como é hoje, atividades assistenciais, em 1994. Foi um grande período, onde voltei a conviver com acadêmicos, tanto de Enfermagem quanto de Medicina, trabalhando nas unidades de pronto-atendimento, clínica médica, clínica cirúrgica. E a procura dos alunos me levou de novo àquela reflexão de que eu fiz o meu curso sem ter o modelo de um profissional na assistência".
O professor Cesar destaca que, nessa época, chegou a sua vez de suprir a lacuna, sendo um enfermeiro assistencial, "que pode ser, de certa forma, algum tipo de referência para os alunos que estão se formando. Isso fez com que, cada vez mais, eu me aproximasse dos acadêmicos, a ponto, então, de ser incentivado a fazer o mestrado em Enfermagem, com vistas a uma possível docência, e foi o que eu fiz". Após o mestrado pela FURG, em 2006, ele prestou concurso para docente e começou as atividades na Escola de Enfermagem, ministrando disciplina no seu maior período em Rede de Atenção Básica à Saúde.
"Já como docente, tive a oportunidade de contribuir para a formação dos alunos e ampliar os meus conhecimentos, fazendo o Doutorado, também na FURG. Veja só a grande gama de opções que essa universidade me dá, no meu caso particular, no curso de Enfermagem, a ponto de eu construir a minha trajetória, praticamente toda ela, na instituição", ressalta. "Ali, quando fui ser docente, passei a ser colega de meus ex-professores. E durante o período da minha docência, houve outros concursos em que ex-alunos meus, da graduação, tornaram-se também docentes. Então, eu tive o privilégio de conviver como docente com ex-professores e ex-alunos, todos colegas no mesmo ambiente da EEnf. Esse é um diferencial muito grande, para mim, do nosso curso. Há alguns debates acadêmicos sobre a endogenia, mas, no caso da Escola de Enfermagem, na minha opinião, o percentual de endogenia que existe é uma potencialidade do curso", contextualiza o professor Cesar.
"Nós conhecemos a realidade regional, e os alunos egressos daqui estão espalhados pelo Brasil inteiro, e até em outras partes do mundo. Quando a escola fez 40 anos, nós tentamos localizar boa parte dos egressos, e conseguimos constatar isso, que nossos alunos exercem atividades docentes, assistenciais, de gerenciamento pelo Brasil afora. Então, a nossa Universidade disponibiliza profissionais com esse perfil. Alguns são secretários de saúde, são chefes de serviço, docentes, pesquisadores. Então, é com alegria que a gente relata isso. Atualmente, eu estou aposentado, e muito feliz em poder contribuir com o que falo agora, da trajetória que tive na Universidade".
"Parabenizo a todos os colegas e a própria FURG, por toda essa trajetória e todo o apoio que o curso de Enfermagem sempre teve da instituição - que também correspondeu, porque a Escola de Enfermagem tem a pós-graduação com Instituto Sensu, LactoSenso, com as residências multiprofissionais, Mestrado, Doutorado, e tem um quadro de professores altamente qualificados. Com certeza estarei lá prestigiando a comemoração com todos os meus colegas", finaliza o professor Cesar.
Iniciativa inédita e expansão profissional
O curso de graduação em Enfermagem da FURG foi criado em 20 de agosto de 1975, conforme Ata do Conselho Universitário, sob a presidência do então reitor, professor Eurípedes Falcão Vieira. A proposta de criação partiu do Ministério da Educação e Cultura (MEC), que buscava suprir a escassez de profissionais qualificados na enfermagem e expandir a formação de enfermeiros no país. A sugestão foi apresentada pelo professor Paulo Sérgio Gonçalves, iniciando também a trajetória do corpo docente do curso.
O ineditismo da iniciativa deve-se ao fato de não existirem, à época, outros cursos de Enfermagem no extremo sul do país, sendo a formação oferecida mais próxima localizada em Porto Alegre. O fato de os docentes serem novos, diferenciados na sua formação, bem como a possibilidade da FURG realizar sua contratação, tendo em vista que era uma instituição privada, foi um facilitador desse processo e motivou a vinda de enfermeiros para exercerem a docência em Rio Grande. A dedicação desses profissionais foi fundamental para a implementação do curso.
Inicialmente, as atividades do curso foram instaladas na Associação de Caridade Santa Casa do Rio Grande, que realizou adequações para atender às exigências do MEC e criar o Hospital de Ensino. As disciplinas teóricas, biblioteca, laboratório de procedimentos e coordenação funcionavam no então denominado “anel externo”, enquanto as práticas eram realizadas nas unidades de internação (Maternidade, Pediatria, Centro Cirúrgico, São Lucas I e II). Em 1976, o Hospital de Ensino passou a denominar-se “Hospital de Ensino Prof. Miguel Riet Corrêa Jr.”.
A implementação do curso no primeiro semestre de 1976 contou com a chegada da professora assistente Hedi Crecencia Heckler de Siqueira, lotada no Departamento de Administração, Ciências Econômicas e Contábeis, já que ainda não existia um Departamento de Enfermagem. Sua área de especialização, Administração Hospitalar, foi decisiva para o desenvolvimento inicial. O curso foi oficialmente reconhecido pelo Decreto nº 1.223/79, publicado em 18 de dezembro de 1979.
Os primeiros passos do curso de Enfermagem da FURG foram dados por um grupo de docentes pioneiros, cuja dedicação e compromisso foram decisivos para a sua consolidação. Ao lado da professora Hedi Crecencia Heckler de Siqueira, integraram o quadro inicial de docentes Valéria Lerch Lunardi, Wilson Danilo Lunardi Filho e Vera Lúcia de Oliveira Gomes, todos contratados em tempo integral, o que permitiu maior envolvimento nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Também merece destaque a relevante contribuição da professora Zulma Guimarães Neto, que, com sua experiência e empenho, fortaleceu a estrutura acadêmica nascente e colaborou para o desenvolvimento das primeiras ações formativas do curso.
Expansão para a rede básica e o Hospital Universitário (1980–1988)
A inserção na rede básica de saúde ocorreu com a disciplina “Criança Sadia”, cujas práticas eram desenvolvidas no Posto Dra. Rita Lobato. A parceria com a Secretaria Municipal de Saúde foi se fortalecendo ao longo dos anos, permitindo a realização de projetos, estágios e atividades práticas nas unidades de saúde.
Em 7 de dezembro de 1988 foi criado o Hospital Universitário Prof. Miguel Riet Corrêa Júnior, um sonho idealizado e conquistado em grande parte pelo empenho de docentes enfermeiros da FURG. A primeira diretoria contou com enfermeiros nos cargos de administrador, diretor de Enfermagem e diretor de Apoio. A existência desse espaço próprio qualificou o ensino e ampliou o impacto do curso na saúde da população.
Contribuições para a formação técnica e profissional na região (1986–2000)
A “Nova Lei do Exercício Profissional de Enfermagem”, sancionada em 1986, determinava que a Enfermagem somente poderia ser exercida pelos profissionais Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteira. Frente a essa determinação do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), os docentes do curso se mobilizaram elaborando um projeto para implantação do Curso Supletivo de Qualificação Profissional para Auxiliar de Enfermagem.
Nessa ocasião, foram parceiros da FURG a Santa Casa do Rio Grande e a Secretaria Municipal da Saúde do Rio Grande. O curso funcionou de 1990 a 1997, formando sete turmas. Nessa época, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren), proibiu a manutenção de cursos de auxiliar de enfermagem, no Estado do Rio Grande do Sul, e passou a incentivar a criação de cursos de Técnicos de Enfermagem.
Frente à quase inexistência desses profissionais em nosso município, docentes do curso de Enfermagem elaboraram uma proposta para criação do Curso de Técnico em Enfermagem, na FURG. Como se tratava de um curso técnico foi necessária a articulação com o Colégio Técnico Industrial CTI/FURG. O curso teve sua primeira turma no ano de 2000 e funciona até hoje, junto ao Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Rio Grande.
Fortalecimento da formação docente e sua interface com o ensino e a pesquisa (1993–1997)
Em 1993, foi criada a Rede de Pós-Graduação em Enfermagem da Região Sul (Repensul), que congregou a Universidade Federal de Santa Catarina, com a Fundação Universidade Federal do Rio Grande, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Federal de Pelotas, a Universidade Federal de Santa Maria e a Universidade Federal do Paraná, com vistas a acelerar o processo de qualificação de docentes enfermeiros dessas IFES. A participação no mestrado interinstitucional, proposto pela Repensul, além da titulação dos docentes tornou-se um excelente laboratório para o aperfeiçoamento de competências no ensino e na pesquisa, constituindo-se no embrião do futuro Programa de Pós-graduação em Enfermagem da FURG e despertando o desejo de criação de uma unidade acadêmica para a enfermagem.
Em 1994 foi criado o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Trabalho e Enfermagem (Nepete) que, a partir de 1997, foi registrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq com uma nova denominação: Núcleo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem e Saúde (Nepes). Esse núcleo teve importante atuação na trajetória da Enfermagem, na FURG, pois consolidou a interface entre graduação e pós-graduação, em termos de pesquisa.
A partir do primeiro semestre de 1996 foi desenvolvido o Curso de Especialização em Projetos Assistenciais de Enfermagem (Espensul), destinado à especialização de Enfermeiros no próprio serviço de saúde onde desempenhavam suas atividades profissionais. A metodologia pautada no ensino semi presencial e na flexibilidade do currículo fortaleceu a integração entre o Curso de Enfermagem e a rede de serviços de saúde do município.
Em fevereiro de 1997, após reconhecimento do potencial, da identidade profissional e especificidades do curso, com significativas repercussões na produção de conhecimentos, foi criado o Departamento de Enfermagem, que reuniu e possibilitou a concreta integração dos docentes enfermeiros. Com a lotação dos docentes enfermeiros em uma única unidade, ficou garantida a autonomia nos processos decisórios que definiriam os rumos da Enfermagem, na FURG.
A qualificação de corpo docente, em curto intervalo de tempo, possibilitou, além do fortalecimento da identidade profissional, maior visibilidade da Enfermagem nos âmbitos local, regional, nacional e internacional.
Consolidação acadêmica e pós-graduação (2001–2009)
Em outubro de 2001, ocorreu a aprovação e recomendação pela Capes, do Curso de Mestrado em Enfermagem, sendo criado o Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, o primeiro na Área de Saúde na FURG. As atividades acadêmicas do Mestrado em Enfermagem tiveram início no primeiro semestre de 2002. O programa tinha e ainda tem como objetivo formar pesquisadores capazes de promover o avanço do conhecimento e a produção de novas tecnologias na Enfermagem/Saúde, nas dimensões gerenciais, educativas e cuidativas, considerando o ecossistema e as demandas de desenvolvimento da sociedade.
Em 15 de agosto de 2008, integrando a proposta de mudança organizacional da FURG, foi aprovada a criação da Escola de Enfermagem, como uma das treze Unidades Acadêmicas.
Passados sete anos de contínuo funcionamento do Curso de Mestrado em Enfermagem da FURG, em 19 de dezembro de 2008 a Escola de Enfermagem teve mais uma importante conquista, foi aprovada, pelo Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Administração, a criação do Curso de Doutorado em Enfermagem, o qual foi recomendado pela Capes e iniciou suas atividades acadêmicas em abril de 2009.
Nesse mesmo ano foi implantado o Programa de Educação Tutorial de Enfermagem (PET Enfermagem) que desde sua implantação tem como objetivo causar um impacto positivo no curso de graduação, além de realizar, com os demais acadêmicos, atividades direcionadas à comunidade.
No primeiro semestre de 2010, com a criação do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, coordenado pela Escola de Enfermagem (EEnf) e construído em parceria com o Instituto de Educação (IE), Instituto de Ciências Humanas e da Informação (ICHI), Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Rio Grande- FURG e Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio Grande, mais uma meta foi atingida. O programa tem como horizonte a formação de um profissional, cidadão crítico, capaz de buscar soluções para os problemas de usuários e trabalhadores da saúde, contribuindo para a promoção da saúde e educação em saúde. Visa especializar profissionais Enfermeiros, Educadores Físicos e Psicólogos por meio do processo de educação permanente e da inserção no trabalho, e consolidar um enfoque interdisciplinar no nível de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), realizando práticas, desenvolvendo pesquisas e construindo propostas que contribuam para a concretização dos princípios e diretrizes do SUS.
Também no ano de 2010, foi criada a Residência Integrada Multiprofissional Hospitalar com Ênfase na Atenção à Saúde Cardiometabólica do Adulto/Rimhas, por docentes da Escola de Enfermagem, do Instituto de Educação (IE), do Instituto de Ciências Humanas e da Informação (Ichi) e trabalhadores do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Júnior (HU-FURG). Objetiva formar profissionais das áreas de enfermagem, psicologia e educação física , interconectando saberes e práticas experienciadas, visando à assistência às necessidades de saúde cardiometabólicas e de outros agravos, possibilitando ao usuário SUS o ensino do autocuidado desses e de outros distúrbios.
A formação hoje e os horizontes para o futuro
Ao longo de sua história, o curso de Graduação em Enfermagem da FURG formou 1.346 enfermeiros, que hoje atuam majoritariamente no Sistema Único de Saúde (SUS) em diferentes níveis de atenção, contribuindo para a qualificação da assistência e para a redução das desigualdades em saúde.
Além da formação de profissionais, a Escola de Enfermagem desenvolveu inúmeros projetos de ensino, pesquisa, extensão, cultura e inovação tecnológica voltados para problemas de saúde locais e a promoção da saúde em comunidades vulneráveis. Essas iniciativas envolveram parcerias estratégicas com hospitais, unidades básicas de saúde, escolas, associações comunitárias e órgãos públicos e privados, garantindo que o conhecimento produzido na universidade se transformasse em ações concretas de impacto social. Ao levar estudantes e docentes para os territórios, a Escola fortaleceu a integração ensino-serviço-comunidade, aproximando a formação acadêmica das reais necessidades da população e consolidando sua relevância no desenvolvimento regional em saúde.
Atualmente, a Escola de Enfermagem da FURG conta com cerca de 250 estudantes de graduação, 12 residentes em Atenção à Saúde Cardiometabólica do Adulto, sete residentes em Saúde da Família e 84 estudantes no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, refletindo a amplitude e a diversidade de sua atuação formativa. O corpo docente da Escola de Enfermagem é composto por 32 docentes efetivos, todos doutores, além de quatro docentes substitutos, quatro docentes voluntários e uma docente visitante. O corpo técnico-administrativo em educação é formado por nove servidores, entre eles um administrador, um assistente em administração, dois auxiliares em administração, uma técnica de laboratório e quatro enfermeiras.
Chegar aos 50 anos é testemunhar uma trajetória construída com compromisso, responsabilidade social e permanente diálogo com as necessidades coletivas. A Escola de Enfermagem da FURG se firma, hoje, como um espaço dinâmico e inovador de formação de profissionais, de produção de conhecimento e de articulação com o sistema de saúde, especialmente o SUS. Seu modelo de formação está alicerçado na ética do cuidado, na interdisciplinaridade e na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, princípios que garantem a construção de saberes conectados com as demandas concretas da instituição de ensino e da sociedade.
Olhando para o futuro, a Escola reafirma seu compromisso com a defesa da saúde como direito de todos e dever do Estado. A busca por metodologias ativas, pela ampliação de parcerias internacionais, pela qualificação permanente de seus quadros e pela inserção social de suas ações aponta para uma instituição que não apenas resiste, mas que se reinventa. Os desafios que se colocam para os próximos anos, como o enfrentamento das iniquidades em saúde, o cuidado com populações em contextos de vulnerabilidade e a formação para um mundo em constante transformação não intimidam, mas impulsionam a continuidade de um projeto coletivo e comprometido com a excelência acadêmica e o bem-estar da população.
O cinquentenário do Curso de Enfermagem da FURG não é apenas uma celebração do passado, mas, sobretudo, uma convocação para o futuro. Um futuro onde o cuidado continuará sendo ciência, compromisso e transformação.