Comitê de Monitoramento do Coronavírus (Covid-19) da FURG se manifesta em defesa de medidas preventivas

Documento traz dados e reforça a importância de evitar aglomerações, uso de máscaras e cuidados com a higiene

Em nota, divulgada na manhã desta quarta-feira, 31, a FURG, por meio de seu Comitê de Monitoramento do Coronavírus (Covid-19), manifestou-se em defesa da manutenção das medidas preventivas básicas para evitar a contaminação e a proliferação do vírus, bem como da adoção de medidas mais rígidas, num cenário de tantas vidas perdidas. O documento traz dados do governo estadual e da revista científica The Lancet, e reforça o discurso previamente adotado pela instituição desde o começo da pandemia, em fevereiro de 2020, e o consequente início das medidas de distanciamento social, adotadas na universidade em meados de março do mesmo ano. Confira o comunicado na íntegra a seguir.

COMUNICADO

Desde o começo da pandemia de COVID-19 no Brasil, em fevereiro de 2020, quando foi constatado o primeiro caso, veiculava-se pela Organização Mundial da Saúde (OMS), por pesquisadores e autoridades em infectologia no Brasil e no mundo, a importância de que fossem realizadas campanhas orientadoras e de cuidado em saúde, com o objetivo de evitar a aceleração na transmissão da doença.

Passado mais de um ano, com a pandemia agravada ao extremo, o país alcança o triste número de mais de trezentas e quatorze mil (314.000) vidas perdidas. Infelizmente, no estado do RS o cenário não é diferente; os últimos dados apresentados demonstram que dezenove mil e vinte (19.020) pessoas evoluíram ao óbito em decorrência do novo coronavírus

Estes indicadores revelam a gravíssima crise sanitária, sem precedentes na história recente do Brasil. As altas taxas de ocupação de leitos em hospitais e UPAs, a escassez e mesmo a falta de medicamentos usados no tratamento e também durante todo o período da ventilação mecânica, como sedativos e relaxantes musculares, e, em alguns estados, o eminente risco de desabastecimento de oxigênio, são outros elementos que apontam para um triste quadro de colapso na saúde.

No município do Rio Grande, por exemplo, os dados não são os melhores. Até o dia 29/03/2021, mais de 12 mil casos e 302 vidas perdidas para a COVID-19. As UTIs da Santa Casa e do HU estão lotadas. Pacientes em estado grave esperam por uma vaga em UTI em leitos de enfermaria. Há risco de faltar medicamentos necessários aos pacientes mais graves.

Extremamente preocupado com o agravamento da pandemia, o Comitê de Monitoramento do Coronavírus (COVID-19) da FURG vem a público, por meio deste Comunicado, manifestar-se em defesa da manutenção das medidas preventivas, entendendo estas como fundamentais para a preservação de vidas. Usar máscaras de proteção, manter os cuidados básicos de higiene e evitar aglomerações, são medidas preventivas imprescindíveis enquanto perdurar a pandemia.

Importante reafirmar que, no contexto atual da bandeira preta, a necessidade de que sejam adotadas medidas mais rígidas, evitando-se uma maior flexibilização das atividades, visto que a diminuição da circulação de pessoas e a continuidade no distanciamento social, comprovadamente, são medidas importantes e eficazes para reduzir o avanço da COVID-19.

Assim indica recente estudo, no qual pesquisadores gaúchos concluíram que o uso de máscaras reduz em 87% a chance de infecção por SARS-CoV-2. O estudo também mostra que as pessoas que aderem de forma moderada a intensa ao distanciamento social têm entre 59% e 75% menos chances de contrair o vírus. Neste sentido, este Comitê recomenda fortemente medidas protetivas e preventivas em atenção à saúde.

Por outro lado, circulam informações sobre tratamentos precoces ou preventivos que não mostraram evidência científica de sua eficácia e que são, por vezes, prejudiciais à saúde. A melhor recomendação ainda continua sendo a prevenção, empregando medidas voltadas ao distanciamento social, arejamento de ambientes, uso de máscaras e higienização.

Finalmente, o Comitê de Monitoramento do Coronavírus (COVID-19) da FURG se soma aos movimentos em defesa da imunização total da população brasileira. As vacinas são resultado de anos de pesquisa científica e, por isso, consideradas uma das maiores conquistas da humanidade.

Assim, é importante reafirmar e reforçar que, a vacinação é um direito de todos e todas!

Rio Grande, 30 de março de 2021.

 

Comitê de Monitoramento do Coronavírus (COVID-19)

Universidade Federal do Rio Grande - FURG