Nesta segunda-feira, 2, alunos do curso de Agroecologia da FURG-SLS participaram de uma atividade no interior de São Lourenço do Sul a partir de uma demanda da Organização de Controle Social (OCS) de Turuçu.
A visita fez parte do cronograma da disciplina ‘Vivência em Agroecologia’, que visa proporcionar aos estudantes experiências práticas em agroecossistemas familiares.
“As vivências junto à agricultura familiar permitem o crescimento acadêmico e pessoal, na mesma medida em que proporcionam espaços de convívio e aprendizado de forma horizontal e não hierarquizada entre a comunidade acadêmica e as famílias agricultoras”, afirmou Leticia Hellwig, docente da Universidade.
Segundo ela, as visitas não se limitam à observação; o envolvimento ativo dos estudantes é essencial. Uma das avaliações requer que os alunos identifiquem problemas teórico-práticos nos agroecossistemas familiares e proponham soluções concretas.
“Foi assim que chegamos até a Dona Inês Klug. A atividade com a OCS fornece um documento, constando a conformidade da produção orgânica participativa no município de Turuçu”, complementou Leticia.
Entre as etapas da atividade está a elaboração de projetos junto aos agroecossistemas familiares de base ecológica, envolvendo a identificação de um “problema” ou desejo grupo, além de indicar possíveis soluções e definir o caminho a seguir em conjunto com o grupo para executar a solução proposta.
“Dentre os anseios do grupo de Turuçu, está a implementação de uma ‘Farmácia Viva’, que manipula e oferece fitoterápicos aos usuários dos serviços de saúde. Para fornecer uma solução efetiva, procuramos informações com a Dona Inês Klug, especialista no assunto”, explicou a docente.
Inês é responsável pelo horto de plantas medicinais em São Lourenço do Sul e trabalha com plantas medicinais desde jovem. Segundo Hellwig, “hoje, já há médicos que receitam fitoterápicos na rede do SUS do município”.
O projeto de Plantas Medicinais, desenvolvido pela Prefeitura Municipal de São Lourenço do Sul através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), é em grande parte mantido pela dedicação de Dona Inês. “Ela praticamente conduz o projeto sozinha, e ele só funciona devido à dedicação dela”, finalizou a professora.