O Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. da Universidade Federal do Rio Grande (HU-Furg), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), passou a ser referência na linha de cuidado de Triagem Auditiva Neonatal para os municípios da 3ª Coordenadoria Regional da Saúde (3ª CRS). O novo serviço ofertado pelo Hospital é de fundamental importância para detectar possíveis alterações na audição da criança e que possam afetar seu correto desenvolvimento, pois a capacidade auditiva está diretamente ligada ao aprendizado da linguagem e à absorção de conhecimentos.
Para marcar o início das atividades, na terça-feira (14), às 13h30, o gerente de Atenção à Saúde, Fábio Lopes, recepcionou a fonoaudióloga do Departamento Estadual de Regulação, Márcia Fabrício; a fonoaudióloga da área técnica do Setor de Saúde da Pessoa com Deficiência da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), Cristiane Schuller; a fisioterapeuta coordenadora da Saúde da Pessoa com Deficiência na 3ª CRS, Karen Prestes; e a fonoaudióloga do Grupo Hospitalar Conceição e ministrante da capacitação, Luciane Pauletti. Durante a conversa, Fábio ressaltou a importância do novo serviço para a região e para os pacientes que passam a ser atendidos no Hospital. Após, na Unidade de Diagnóstico por Imagem, foi realizada a capacitação voltada para a equipe de fonoaudiólogos do HU-Furg que atuarão no atendimento aos pacientes. A atividade, também, teve a participação de quatro fonoaudiólogas do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel).
A oferta do serviço de triagem auditiva foi possível com a aquisição do equipamento que realiza o teste de emissão otoacústica, com os módulos do Sistema de Potencial Evocado Auditivo (BERA/PEATE). Até então, o Hospital utilizava um aparelho que possibilitava a realização apenas o teste da orelhinha. Com o novo equipamento, adquirido por meio de recursos do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), gerido pela Ebserh, é possível realizar a completa triagem auditiva neonatal, o monitoramento do desenvolvimento da função auditiva, bem como detectar, precocemente, as perdas auditivas nos bebês e em adultos. De acordo com os profissionais de Fonoaudiologia, responsáveis pela realização do procedimento, "o exame BERA, também conhecido como Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico (PEATE), é um exame que avalia todo o sistema auditivo, desde a orelha interna até o córtex cerebral, verificando a presença de perda auditiva, que pode acontecer devido a lesão na cóclea, no nervo auditivo ou no tronco encefálico. Os Potenciais Evocados Auditivos (PEAs) nos permitem observar a atividade elétrica gerada na via auditiva mediante a apresentação de um estímulo sonoro".
O exame é indicado quando há algum risco de perda auditiva devido a condições genéticas ou quando há um resultado alterado no teste da orelhinha, realizado logo após o nascimento para avaliar a capacidade auditiva do bebê. Também, pode ser realizado para diagnóstico diferencial, como por exemplo, em crianças que apresentam atraso no desenvolvimento da linguagem. É um procedimento completo, não invasivo e que não causa qualquer tipo de dor ou desconforto na criança. O Ministério da Saúde (MS) orienta que todos os bebês que falharem nas emissões otoacústicas devem realizar o PEATE automático. Além disso, visto que podem apresentar fatores condutivos, é imprescindível que o aparelho, também, faça o exame adequado de imitanciometria.
Sobre a Rede Ebserh
O Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. da Universidade Federal do Rio Grande (HU-Furg) faz parte da Rede Ebserh desde julho de 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, a os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Hospitalar Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.