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Estudante da FURG relata suas experiências em intercâmbio na Argentina

Após passar um ano estudando na Argentina, o acadêmico de Engenharia de Controle e Automação conta suas conquistas e desafios

Paulo Madson, de 25 anos, é natural de Paragominas/ PA. Movido pelo destaque da universidade na área de tecnologia e pelas oportunidades de internacionalização, o estudante viajou os quase 4  mil quilômetros para estudar na FURG. Para ele, a mudança representava um novo desafio e a chance de “pensar fora da caixa”. Como o próprio estudante afirma, “ir para um lugar desconhecido seria a melhor forma de tornar isso realidade”. Em pouco tempo, Paulo alcançaria seu objetivo, conquistando a oportunidade de cursar um ano letivo em uma universidade da Argentina.


Por meio da Secretaria de Relações Internacionais (Reiter), Paulo buscou informações sobre como conquistar o intercâmbio que tanto desejava. Enquanto aguardava cumprir os requisitos para a mobilidade estudantil, o aluno providenciou todos os documentos que necessitaria para quando a oportunidade perfeita surgisse. Em 2023, foi selecionado para a 30ª Jornada de Jovens Investigadores, sediada na Universidad Nacional de Asunción (UNA), em Asunción, no Paraguai, onde apresentou o trabalho “Melhorando a Mobilidade para Tetraplégicos: Integrando Geometria Riemanniana e Neurociências”. A JJI se consagra como uma oportunidade que abre portas para a internacionalização, pois reúne jovens pesquisadores de toda a América Latina em um ambiente propício à troca de conhecimentos.


No entanto, sua primeira experiência de longa estadia em um país estrangeiro ocorreu no ano seguinte. Através do programa de mobilidade Escala do Grupo Montevidéu, Paulo foi selecionado para estudar na Universidad Nacional del Noroeste de la Provincia de Buenos Aires (Unnoba), na cidade de Junín, por um semestre letivo. O aluno chegou na Argentina em março, com pouco domínio da língua espanhola. Apesar de desafiador, o aluno não aponta este fator como um empecilho. “A palavra que eu defino pra isso é adaptação. (...) A pessoa que vai fazer intercâmbio tem que entender que vai levar um tempo para se adaptar e é importante ter isso em mente”, diz o estudante. A dedicação e o convívio diário com o idioma fizeram com que Paulo evoluísse rapidamente, conquistando cada vez mais níveis de certificação da sua habilidade em Espanhol.

Devido ao seu desempenho, Paulo teve destaque, realizando entrevistas sobre suas vivências na Argentina e participando de reuniões com o reitor da universidade, Guillermo Tamarit, e demais autoridades. Assim, foi convidado para cursar mais um semestre na Unnoba, totalizando um ano letivo na universidade argentina. Neste período, Paulo pôde levar conhecimentos que adquiriu na FURG e representar a universidade na Unnoba, parte de seus objetivos quando começou sua jornada internacional. No entanto, o processo de adaptação de Paulo não incluiu apenas absorver partes da cultura argentina, mas também compartilhar partes de sua cultura com os seus colegas na Argentina. Paulo se destacou como a pessoa que levou um pouco da culinária brasileira e paraense para Junín, cozinhando refeições típicas no hostel que dividia com demais estudantes internacionais.


Segundo o aluno, a mescla de nacionalidades na experiência do intercâmbio contribuiu não só para a formação de amizades, mas também para enriquecer sua formação acadêmica. “Agora tenho referência de como os franceses, argentinos e peruanos trabalham na engenharia industrial.”, diz Paulo. Além disso, ele destaca o quanto sua estadia ampliou sua bagagem cultural. “Eu respirei e vivi a cultura argentina de uma maneira surreal. Como eu disse antes, eu gosto de desafios e isso me fez evoluir e me adaptar muito lá”, relata o aluno.


Relembrando o começo de sua jornada internacional, Paulo aponta o apoio da Reinter como seu incentivador. “A equipe da Reinter esteve sempre me ajudando, me informando e sempre fazendo de tudo para que tenhamos uma excelente experiência.” Selecionado para mais um programa de mobilidade por meio da Reinter, o novo destino de Paulo é a Universidad Nacional del Litoral (UNL), também na Argentina. Quanto aos estudantes que compartilham do seu sonho, mas têm receios quanto ao idioma, ou ao processo de adaptação em um país diferente, Paulo deixa o seguinte conselho: “Não tenha medo porque essa vai ser uma das melhores experiências da sua vida!”.

 

 

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Paulo Madson em frente a Escola de Tecnologia da Universidad Nacional del Noroeste de la Provincia de Buenos Aires

Reinter/Paulo Madson

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